Carlos Alberto
Irmãos(ãs) na Doutrina dos Espíritos e Simpatizantes,
Nunca tivemos antes, em nossas vidas passadas de encarnados, os recursos e meios que ora estão à nossa disposição: liberdade de expressão, de credo, de divulgação; consciência crítica, acesso à informação, etc.
O exercício das liberdades trouxe a lume retratos mais fidedignos da realidade, mostrada em quase toda sua extensão, como jamais ocorreu na história. Com tantas revelações, e dentre elas, os desatinos da velha humanidade, fica a falsa impressão que o mundo está à deriva, sem leme e sem timoneiro. Se o nosso olhar for para o outro lado, veremos também que nunca antes (expressão conhecida, não?) tantos fizeram tanto pelo bem comum, almas dedicadas em auxílio aos necessitados e sofredores.
Guardo uma imagem a respeito dessa compreensão com a analogia de um quarto cheio de objetos e parcamente ilumidado. Um dia a lâmpada fraca foi substituída por outra de muito maior potência, iluminando o ambiente como jamais havia sido visto. A luz forte revelou poeira, imperfeição dos objetos, detalhes antes não percebidos, e o quarto pareceu haver mudado para os observadores habituais. No entanto, nada havia sido introduzido de novo no ambiente, apenas a iluminação nova mostrou o que antes não era captado pela visão com a luz fraca.
O pequeno ensaio, anexo, visa auxiliar na compreensão mais ampla sobre o sentido do jugo suave e fardo leve lembrados por Jesus no Evangelho de São Mateus, cap. XI, vv. 28 a 30. Como entender o convite do Cordeiro de Deus para tomar sobre nós o seu jugo, sendo Jesus a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece? Esse o objetivo da leitura do texto anexo.
Muitos conhecem o tema e sobre ele já tiveram oportunidade de debruçar, aprofundando a compreensão. Para esses(as), fica o convite para uma releitura; aos que não tiveram a oportunidade de uma leitura reflexiva, o texto poderá auxiliar ampliando a compreensão.
Se você não dispuser de tempo agora, para leitura atenta, guarde para momento propício, pois o chamamento do Senhor ainda ecoa na alma e o tempo urge.
A pretensão é apenas trazer à baila tema importante para nossas vidas, para as criaturas que vivenciam as experiências da encarnação e que apresentam necessidades semelhantes de superação, em busca do Senhor da Vida!
Fraternalmente,
Carlos Alberto
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO VI
O CRISTO CONSOLADOR
O jugo leve
Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28 a 30.)
“Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: "Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que eu vos aliviarei."
Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por ele ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.”
O dicionário Houaiss conceitua jugo como peça de madeira usada para atrelar bois à carroça ou arado; canga, e em sentido figurado, sujeição imposta pela força ou autoridade; opressão; vínculo de submissão e obediência.
Como entender o convite do Cordeiro de Deus; o Verbo que se fez carne e habitou entre nós; o Pão da Vida e a Luz do Mundo; o Caminho, a Verdade e a Vida; o Brando e Humilde para tomar sobre nós o seu jugo? Que espécie de jugo e onde ele se situa na Justiça Divina?
Lembremo-nos de que Jesus “é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele se dizia — Filho de Deus e Filho do Homem. (Nas pegadas do Mestre, de Vinícius — Pedro de Camargo); “Jesus é o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo (O Livro dos Espíritos — questão 625). E como diz José Amigó Y Pellicer, em ‘Roma e o Evangelho’, cap. 8, p. 42: “Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros (...)”
Sendo Jesus o emissário Divino de Deus para a Humanidade, e vindo cumprir as Leis Universais do Pai Celeste, então é nessas leis que devemos buscar entender o sentido apropriado para o “jugo” a que estamos submetidos, conforme Jesus mencionou. E como ele também afirmou: “não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. (João, 18:37)”, a verdade somente pode estar contida onde não pode ser deformada, onde não mais pode ser aperfeiçoada, ou seja, nas Leis Divinas que são eternas e imutáveis como nos disseram os Espíritos Superiores.
A Parte Terceira de “O Livro dos Espíritos” é dedicada ao estudo das Leis Divinas ou Naturais:
614. Que se deve entender por lei natural?
“A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta.”
615. É eterna a lei de Deus?
“Eterna e imutável como o próprio Deus.”
Existe, pois, um código universal completo e perfeito em si mesmo a ser seguido por toda criatura.
Kardec, então, buscando maiores esclarecimentos perguntou aos Espíritos Superiores sobre a divisão da Lei Natural em dez partes, quais sejam:
648. Que pensais da divisão da lei natural em dez partes, compreendendo as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade?
“Essa divisão da lei de Deus em dez partes é a de Moisés e de natureza a abranger todas as circunstâncias da vida, o que é essencial. Podes, pois, adotá-la, sem que, por isso, tenha qualquer coisa de absoluta, como não o tem nenhum dos outros sistemas de classificação, que todos dependem do prisma pelo qual se considere o que quer que seja. A última lei é a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras.”
No Capítulo Primeiro, da Parte Segunda de “O Livro dos Espíritos”, tópico “Progressão dos Espíritos”, nos é revelado que Deus criou “todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.” (Questão 115)
Nas questões seguintes são esclarecidos pontos importantes sobre a observância e a não observância dos Códigos Divinos:
120. Todos os Espíritos passam pela fieira do mal para chegar ao bem?
“Pela fieira do mal, não; pela fieira da ignorância.”
121. Por que é que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?
“Não têm eles o livre-arbítrio? Deus não os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal. Os que são maus, assim se tornaram por vontade própria.”
122. Como podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, gozar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Há neles algum princípio, qualquer tendência que os encaminhe para uma senda de preferência a outra?
“O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram.”
É o livre-arbítrio que faz com que a criatura siga ou não os Códigos Divinos em sua marcha infinita da vida.
Nosso exame se circunscreve quando a criatura já mergulhada nos estágios da razão escreve conscientemente sua história de vida.
Movidos por desejos, estimulados pelo meio, acossados pela necessidade e impelidos a prosseguir sempre, entre acertos e erros fomos verificando que algo era bom ou ruim para nós. E mais, para alcançar algumas das coisas que eram boas e ou para evitar as que eram adversas, constatamos que consumíamos energias, cujos sinais surgiam pelo cansaço, pela exaustão.
Na longa fieira das experiências, aprendemos que alguns frutos eram igualmente saborosos quando obtidos com o menor esforço. E nessa direção, parte se originou do desenvolvimento de habilidades, nos tornando mais eficientes, e outra parte, malgrado, foi pura e simplesmente apropriação indébita dos frutos gerados pelos esforços de outros. O primeiro, fruto do trabalho, do estudo, da perseverança; o segundo, da esperteza, da busca do atalho a qualquer preço, do uso da força sobre os mais fracos.
No entanto, como as Leis do Senhor da Vida estão impressas na consciência da criatura (O Livro dos Espíritos, questão 621), a cada esforço guiado por esse código interno, recebíamos a compensação e com ela um sentimento de paz, de conforto embora ainda não soubéssemos ser o resultado da lei de causa e efeito em face da Justiça e do Amor Universais. A contrário sensu, quando as apropriações eram indevidas, embora a ilusão do prazer temporário, logo em seguida advinha uma sensação de intranqüilidade, e às vezes de mal estar, como se alguém nos dissesse que havíamos “pisado na bola”. Os acúmulos por essa última forma de escolha na dobra dos milênios são volumosos, o que nos mantém chumbados ao atraso, gerando os dolorosos processos de expiação e resgate pelos caminhos que nos trouxeram até aqui. Na balança da Justiça Divina, somos ainda “devedores”.
Ora, sendo a Justiça a gravidade que sustenta a vida em equilíbrio, tanto consigo quanto com as demais criaturas, todas as vezes que violamos conscientemente os códigos internos do “certo”, ou seja, dos princípios insculpidos na consciência das Leis Divinas, saímos da faixa de equilíbrio para outra de desconforto e dela somente retornamos quando atuamos ativamente de modo compensatório, de tal sorte a restabelecermos as bases para novamente vibrarmos em sintonia com as Leis Divinas, condição única para a criatura se sentir bem onde quer que esteja quaisquer sejam as circunstâncias.
Quando usufruímos sem a semeadura, a Lei Geral age nos deslocando para as regiões de desconforto interno e assim permanecemos até
–reconstituirmos por atos compensatórios em face das mesmas leis violadas. Enquanto dura o esforço da reconstrução, a criatura experimenta as sensações desagradáveis como se ainda ali estivesse. É quando a vida recebe a visita da dor e do sofrimento.
Se tivéssemos que realizar a compensação, em curto lapso, e na mesma proporção em que demos causa à violação, a dor e o sofrimento seriam insuportáveis. Em outras palavras, os crimes são cometidos à vista e a reparação, pela misericórdia de Deus, se opera em suaves e longas prestações. Jesus é para a humanidade a misericórdia do Senhor.
Esse é o contexto a que ele se refere: a criatura em sua marcha evolutiva tem acumulado volumosos débitos em face das Leis Divinas e para repará-los terá que passar pela fieira da dor e do sofrimento porque perdeu o benefício do aprendizado tendo como ônus apenas o cansaço.
Então, é a esta criatura exausta, fatigada, desesperançada que Jesus estende amorosamente as mãos para auxiliá-la na difícil travessia dos tempestuosos mares internos da consciência em ebulição.
De que modo, então, se mostra a brandura e a humildade a que alude na lição? Testemunhamos muitas variáveis que comprovam estar agindo assim: ele nos preparou a escola abençoada da mãe Terra; trouxe para junto de nossa experiência imensa falange de Espíritos Superiores como instrutores seguros para o sucesso; dispomos de múltiplas oportunidades de refazimento; temos a bênção da reencarnação com o esquecimento temporário do passado delituoso; pelas disposições orgânicas, temos limites estreitos para suportarmos a dor e tempo curto para sentirmos o sofrimento; recebemos continuamente boas intuições dos Espíritos Tutelares; Jesus sopra sobre cada um de nós os haustos do Senhor da Vida renovando e alimentando; ofertou-nos os ensinamentos sublimes de seu Evangelho; permitiu fosse revelado, pela Doutrina dos Espíritos, o nosso destino grandioso no seio da criação infinita de Deus; está sempre conosco nas horas mais difíceis; está nos preparando um lugar nas muitas moradas da “Casa de Meu Pai”. E mais, deu o testemunho em verdade e vida sem nos deixar ver o esplendor de seu reino, apresentando-se entre os humildes, sem a ninguém julgar, pelo contrário, a todos amando como o mais especial de seus filhos e filhas. Mostrou que é possível ao homem vencer a si mesmo e ascender às moradas superiores da vida na criação infinita de Deus com os recursos que estão à sua disposição.
Apenas nos solicita como dever o amor e a caridade.
Enfeixando a compreensão do tema, vários autores espirituais, como também Espíritos encarnados, trouxeram mais luzes de entendimento sobre os complexos derivados da Lei de Causa e Efeito, em face da Justiça de Deus e de Seu Amor Infinito para conosco. Seguem, abaixo, excertos coligidos por João Gonçalves em seu admirável trabalho de compilação denominado “Indicador Espírita”, em sua versão 67, de maio de 2007:
Excertos:
— Nada temas das coisas que hás de padecer. APC 2:10 - Apocalipse do Apóstolo João – Mateus (MAT 10:22).
— Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo. A prova tem por fim dar ao homem toda a responsabilidade de sua ação, uma vez que tem a liberdade de fazer ou não fazer. Dotado da faculdade de escolher entre o bem e o mal, a prova tem por efeito pô-lo em luta com as tentações do mal e conferir-lhe todo o mérito da resistência. Conquanto saiba de antemão se ele se sairá bem ou não, Deus não o pode, em sua justiça, punir, nem recompensar, por um ato ainda não praticado. LEP – O Livro dos Espíritos - questões 258ª, 871 e 872.
— A vós foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele, tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e agora ouvis estar em mim. Epístola do Apóstolo Paulo aos Filipenses (FLP 1:29 e 30) - Atos dos Apóstolos (ATS 5:41) – Romanos (ROM 5:3) - Primeira Epístola do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses (PTS 2:2) - PÃO NOSSO - 6ª Ed. FEB, 1979 (PNS 104 e 178).
— Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração. Romanos (ROM 12:12) – Lucas (LUC 21:19).
–— Ao impacto de acontecimentos infaustosos, se revelam os estados espirituais, as conquistas morais de cada criatura, por constituir o sofrimento uma forma de radiografia que desvela o ser por dentro, indo além das controladas aparências que, não raro, o verniz social, a educação doméstica e cultural encobrem. O fórceps da dor, ao adentrar-se pelas carnes da alma, arranca e expõe desnudadas as realidades íntimas com que nos revelamos uns aos outros dentro das dimensões pessoais legítimas. VICTOR HUGO em Calvário de Libertação, 66.
— Como ninguém vem à Terra para sofrer, senão para reparar, adquirir novas experiências, desenvolver aptidões, crescer interiormente, todos esses empecilhos que defronta fazem parte da sua proposta de educação, devendo equipar-se de valores e de discernimento para superá-los. JOANNA DE ÂNGELIS em VIDA: DESAFIOS E SOLUÇÕES, 2ª Ed. LEAL, 1997(VDS 2).
— Desgosto está para o coração, como a poda para a árvore. Se dissabores nos visitam, recordemos que a vida está cortando o prejudicial e o supérfluo, em nossas plantas de ideal e realização, a fim de que possamos nos renovar e melhor produzir. EMMANUEL em CAMINHO ESPÍRITA - 1ª Ed. IDE, 1983 (CME 51) - EM ALGUM LUGAR NO FUTURO - 2ª Ed. Alvorada, 1987 (ELF 10) - SINAIS DE RUMO - Ed. GEEM, 1979 (SDR 20).
— Deus dá a cada um segundo suas obras, a saber: tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que obra o mal. Romanos (ROM 2:6 e 9) – O Evangelho segundo o Espiritismo (EVG 5/3 e 27/12) - O CÉU E O INFERNO - 36ª Ed. FEB, 1967 (CFN1P 5/5) - ESCRÍNIOS DE LUZ - Ed. O CLARIM (ELZ 36) - NASCER & RENASCER - 3ª Ed. GEEM, 1982 (NRN 6) - PÁGINAS DO ESPIRITISMO CRISTÃO - 2ª Ed. FEB, 1983 (PCT 14).
— Há quem afirme apressadamente que a felicidade tem a ver com o princípio freudiano do prazer, e que através desse comportamento se poderiam satisfazer as necessidades e evitar a dor. Não obstante, a dor não pode ser evitada. Considerá-la como um fenômeno natural do processo de evolução, encarando-a como instrumento de promoção do ser em relação à vida, eis uma forma eficaz de lograr a alegria, superando os seus mecanismos desgastantes e as ocorrências degenerativas, que não compreendidos e aceitos com equilíbrio conduzem à infelicidade. JOANNA DE ÂNGELIS em O SER CONSCIENTE - 3ª Ed. ALVORADA, 1993 (SCS 9).
- Imperioso interpretar a dor por mais altos padrões de entendimento. Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando os recursos precisos para obtê-la. EMMANUEL em AULAS DA VIDA - 2ª Ed. IDEAL, 1984 (AVD 21) – O Livro dos Espíritos (LEP 984) - O Evangelho segundo o Espiritismo (EVG 5/8 e 9).
- Jamais deve o homem esquecer que se acha num mundo inferior, ao qual somente as suas imperfeições o conservam preso. A cada vicissitude, cumpre-lhe lembrar de que, se pertencesse a um mundo mais adiantado, isso não se daria e que só de si depende não voltar a este, trabalhando por se melhorar. ALLAN KARDEC em O Evangelho segundo o Espiritismo (EVG 5/7).
— Melhor é que padeçais fazendo o bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo o mal. Primeira Epístola Universal do Apóstolo Pedro (PPD 3:17) – Romanos (ROM 12:21).
— Na maioria das circunstâncias não são as grandes provações que aniquilam a criatura e sim os males supostamente pequeninos, dos quais, muita vez, ela própria escarnece, a se expressarem por ódio, angústia, medo e cólera, que se lhe instalam sorrateiramente por dentro do coração. ALBINO TEIXEIRA em CORAGEM - 2ª Ed. CEC, 1973 (CRG 2).
— Não é o sofrimento programação divina. JOÃO CLÉOFAS em INTERCÂMBIO MEDIÚNICO - 5ª Ed. Alvorada, 1985 (ITM 27) - RECADOS DA VIDA - 2a Ed. GEEM, 1987 (RCV 5v).
— Não julgues o sofrimento por mal. A tempestade carreia a higiene da atmosfera. A doença do corpo é renovação do espírito. Em todos os sucessos desagradáveis e em todas as condições adversas da existência, acalma-te e aguarda a intervenção a Infinita Bondade. O Criador está igualmente na Criação. Diante do nevoeiro, não condenes as trevas. Acende a luz do serviço e espera por Deus. EMMANUEL em PALAVRAS DE VIDA ETERNA - 2ª Ed. CEC, 1970 (PVE 117).
— Não sofremos tanto pelo resgate. Afinal, isto deveria ser motivo até de satisfação. A dor maior decorre do fato de pretendermos recusar o sofrimento. Se conseguimos transformar nossas experiências com o sofrimento em exemplos dignificantes de confiança e serenidade em plena aceitação da vontade de Deus, então nossos males trarão as marcas abençoadas da redenção. RICHARD SIMONETTI em A VOZ DO MONTE - 1ª Ed. FEB, 1983 (VMO 3) – O Evangelho segundo o Espiritismo (EVG 5/18 e 27/7).
— Ninguém sofre sem necessidade à frente da Justiça Celeste e tão grande harmonia rege o Universo que os nossos próprios males se transubstanciam em bênçãos. ANDRÉ LUIZ em Libertação (LBT 13) – O Livro dos Espíritos (questão 532) – O Evangelho segundo o Espiritismo (EVG 8/14).