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  • 30 de mai. de 2013

    ESCLARECENDO DÚVIDAS SOBRE VÁRIOS ASSUNTOS

    Jorge Hessen
    Prezado Jorge Hessen,

    Me chamo xxx, tenho x anos, sou professor universitário, moro em xxxx. Sou de uma família católica, mas há um bom tempo me sinto perdido espiritualmente, Na Igreja Católica, não encontrei respostas e tenho críticas a algumas questões que considero muito mundanas para uma instituição religiosa. 
    Em 2005, tive um momento bastante delicado quando foi detectado um câncer de pulmão no meu pai, que nunca havia fumado. Ele fez tratamento durante um ano e maio e veio a falecer. Ficamos bastante revoltados até mesmo com Deus. Por que justamente meu pai teve que pagar este preço.............
    O tempo passou e as nossas almas foram se acalmando. Em fevereiro deste ano, m minha irmã, que era uma pessoa muito doce, caridosa, professora de crianças de 3, 4 anos, um exemplo de vida, começou a ter uma tosse. No início, não era nada. Foram sendo feitos exames e alguns médicos levantaram a suspeita de câncer de pulmão, mesmo ela tendo apenas xx anos e também nunca fumou ou ingeriu bebida alcóolica. Fiquei desesperado porque tive os piores diagnósticos. Até que um médico entrou no caso e levantou a hipótese de ser consequencia de uma doença crônica que ela tem no intestino - Doença de xxx que teria afetado o pulmão. Nos enchemos de esperanças, porque tem tratamento e ela poderia ficar boa ao longo do tempo. Mas no último dia x de maio, sozinha com minha mãe de xx anos em casa, ela teve uma crise de tosse e a artéria pulmonar arrebentou, de forma fulminante. Ela se foi. Foi uma das piores notícias que já recebi na minha vida na madrugada, porque trabalho em outra cidade. Meu mundo desabou.
    Desde xxx venho frequentando a Casa x (Espírita) em x, em função da doença da minha irmã e na busca de uma ajuda espiritual. Minha alma ficou mais leve e comecei a acreditar que a cura dela seria possível. Vivo com a minha irmã - somos solteiros, - há xxx anos, tenho um grande amor por ela e a sua perda me deixou sem chão. Fiquei revoltado contra Deus. Em fevereiro, antes de ela adoecer, um cara que se dizia pai de santo do nada leu cartas para mim sem eu pedir e disse que meu pai era um obsessor  e que não estava confortável em outra esfera espiritual e que poderia vir buscar alguém. Aí fiquei imaginando coisas - ela era muito agarrada a ele, não aceitou bem a morte dele e ainda tem um cãncer fulminante no pulmão sem fumar, muito parecido com o caso dele. 
    Tenho uma médica que é espírita e é uma pessoa muito iluminada que admiro muito. Ela disse para eu não me revoltar, continuar a frequentar a xxxx e procurar que, com o tempo, as explicações virão. 
    Estou em conflito - é muito difícil aceitar a perda da minha irmã. Ela era uma pessoa exemplar - era o pilar da familiar por ser tão amorosa. Amava as crianças da periferia com quem trabalhava. Só cultivou o bem. E por que foi ter uma morte tão precoce e tão dolorosa..............Sinto muita falta dela. E ficaram muitas interrogações....
    Será que o meu pai pode ter alguma coisa a ver com a morte da minha irmã.....
    Ela queria muito ficar aqui com as pessoas que amava, por que teve que ir e como estará agora....
    Enfim...............preciso de algumas respostas, de uma luz para ter forças para continuar e não ter recaídas. 

    Li os seus textos e gostei muito. Se puder me ajudar, ficarei muito grato.

    Abs.



    Caro xxx
    Que a paz do Cristo esteja conosco.
    Afirmo-lhe  que seu pai não tem e nem poderia ter alguma coisa a ver com a desencarnação  da sua  irmã. 
    Olvide tudo o que lhe disse o “tal sujeito que se dizia  pai de santo”. Ele não passa de um irresponsável, e infeliz que quer a infelicidade dos outros. A ignorância desses enleados agentes das trevas dá margem  a informações estapafúrdias  e outras coisas inaproveitáveis sob  tod os  pontos de vista.
    Compreendemos bem o que você está  passando neste momento. Mas, sempre que ficar triste procure sublimar esse sentimento com a prática de uma prece, e nesta oração rogue para que Deus lhe esclareça, a fim de  que possa, nesta fase, ser encorajado, alimentado de bom ânimo, esperança e paz!
    Quanto às pessoas queridas (pai e irmã) que desencarnaram, confia em Deus, pois Ele jamais desampara os seus filhos. Mantendo essa confiança e fé em Deus, compreenderá que tudo na vida e na natureza trabalha a favor do nosso progresso, assim entenderá que este período é um momento para que você possa utilizar de maneira produtiva, aproveitando-o para crescer e evoluir espiritualmente.
    Vai aos poucos saber que aquele que desencarna geralmente passa por um período de perturbação temporária, variando de pessoa a pessoa, dependendo de sua evolução moral, sobretudo o desprendimento das coisas materiais. Em qualquer caso, nunca faltará a assistência espiritual, proporcionada pelos bons espíritos, em nome de Deus.
    A morte não é o fim e sim a passagem para a verdadeira vida, vida em plenitude. E a separação não é absoluta. Apenas passamos de uma dimensão física, para a dimensão espiritual. Estamos ligados pelo pensamento, de modo que seus entes queridos falecidos captam as orações que lhe forem direcionadas e se sentirão bem com isto.
    Da mesma forma ficarão aliviados sabendo que os familiares estão resignados e trabalhando para que a vida continue sem sobressaltos. O irmão poderá ter encontros com seus entes queridos no plano espiritual, por ocasião do sono, quando os Espíritos permitem esses momentos para que haja uma renovação de ânimo de ambas as partes. O melhor que se pode fazer para quem desencarnou é fazer tudo o que ele gostaria de ter feito, especialmente no campo do bem, enviando-lhe apenas bons pensamentos, evitando qualquer lembrança menos digna.
    Do ponto de vista espiritual, nem sempre nos é possível obter notícias sobre os desencarnados, pois para tanto é necessário que eles tenham condições de virem até nós e tenham a permissão de Deus. Neste caso é preciso aceitar a ausência de notícias, confiando na sabedoria e amor de Deus, que sabe o melhor para todos nós. , seguem algumas sugestões para que você possa ir aprendendo como administrar melhor o que estás sentindo agora, ok?
    Lembre-se sempre da oração diária, nos momentos de dificuldades, mas agradeça por tudo, também pela dor, pois o sofrimento muito nos instrui. Você, juntamente com os demais familiares, procure orar pelos entes queridos desencarnados, com resignação e esperança no futuro espiritual. Recomendamos a ocupação com os deveres e a prática de ações no bem, de  auxílio ao próximo, em vez de ficar vivendo improdutivamente sua dor e saudade.
    Aconselhamos que você continue a frequentar a casa espírita, assistir as reuniões públicas, essas reuniões são muito esclarecedoras e instruem bastante, o que lhe ajudará a encontrar respostas para seus questionamentos. Segue em anexo 3 textos para sua reflexão.
    Se você tem o hábito  de ler, sugerimos que conheça  o livro: "E A Vida Continua", do Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
    Sugerimos fazer a Reunião do Evangelho no Lar para que não somente você, mas todos da família, e auxiliares, possam receber os seus benefícios, que envolvem todo o ambiente doméstico. Segundo Emmanuel, Espírito, não devemos esquecer a necessidade de trazer o Cristo para o cenário de amor onde nos refugiamos. É um trabalho simples. Escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus. Recomendável seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho e lemos,em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida. Os companheiros participantes devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades. Através da conversação edificante produzida, os benfeitores da espiritualidade superior "distribuirão a todos idéias e forças, em nome do Cristo, para que  horizontes novos iluminem o espírito de cada um."
    Uma lista  de artigos  outros esclarecimentos sobre o Espiritismo poderá ser encontrado  nos  meus sites: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com.br/     e        http://aluznamente.com.br
    Procure cultivar o hábito da oração e manter-se em vigilância, no pensamento, no falar e no agir. Igualmente, assistindo às palestras da Casa Espírita, prestando a devida atenção, sempre encontraremos respostas para as nossas dúvidas, por meio dos ensinamentos dos oradores e a assistência inspiradora dos nossos mentores e protetores espirituais, com certeza.
    A Casa Espírita proporciona o benefício do passe, o qual se constitui duma transfusão de energias, que nos revigoram e reanimam. Igualmente, a participação em atividades de caridade, de ajuda ao próximo, proporciona a higiene mental necessária à nossa renovação.
    Que Deus abençoe nossos propósitos de entendimento Esperamos ter podido ajudar. No intuito de continuar a ajudá-lo, gostaria de saber se nossa orientação  foi bem compreendida e aceita por você, bem como receber algum comentário adicional que você tenha sobre o  assunto que lhe envio.
    Seguem abaixo  algumas reflexões dos Benfeitores sobre a desencarnação:

    PRIMEIRA MENSAGEM
             Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
             Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.
             Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima.
             Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram.
             Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
             Também eles pensam e lutam, sentem a choram.
             Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.
             Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.
             Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.
             Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.
             Tranqüiliza-te, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.
             Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.
             E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos Cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.
    Emmanuel  Chico Xavier

     SEGUNDA MENSAGEM
    Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
    Eles não morreram.
    Estão vivos.
    Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.
    Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
    Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
    Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque.
    Pensa neles com a saudade convertida em oração.
    As tua preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida. Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias.
    Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.
    Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material...
    Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar.
    Emmanuel Chico Xavier

     TERCEIRA MENSAGEM
    Depois que partiram do círculo carnal aqueles a quem amas, tens a impressão de que a vida perdeu a sua finalidade.
    As horas ficaram vazias, enquanto uma angústia que te dilacera e uma surda desesperação que te mina as energias se fazem a constante dos teus momentos de demorada agonia.
    Estiveram ao teu lado como bênção de Deus, clareando o teu mundo de venturas com o lume da sua presença e não pensaste, não te permitiste acreditar na possibilidade de que eles te pudessem preceder na viagem de retorno.
    Cessados os primeiros instantes do impacto que a realidade te impôs, recapitulas as horas de júbilo enquanto o pranto verte incessante, sem confortaste, como se as lágrimas carregassem ácido que te requeima desde a fonte do sentimento à comporta dos olhos, não diminuindo a ardência da saudade...
    Ante essa situação, o futuro se te desdobra sombrio, ameaçador, e interrogas como será possível prosseguir sem eles.
    O teu coração pulsa destroçado e a tua dor moral se transforma em punhalada física, a revolver a lâmina que te macera em largo prazo.
    Temes não suportar tão cruel sofrimento.
    Conseguirás, porém, superá-lo.
    Muito justas, sim, tuas saudades e sofrimentos.
    Não, porém, a ponto de levar-te ao desequilíbrio, à morte da esperança, à revolta...
    Os seres a quem amas e que morreram, não se consumiram na voragem do aniquilamento. Eles sobreviveram.
    A vida seria um engodo, se se destruísse ante o sopro desagregador da morte que passa.
    A vida se manifesta, se desenvolve em infinitos matizes e incontáveis expressões. A forma se modifica e se estrutura, se agrega e se decompõe passando de uma para outra expressão vibratória sem que a energia que a vitaliza dependa das circunstâncias transitórias em que se exterioriza.
    Não estão, portanto, mortos, no sentido de destruídos, os que transitaram ao teu lado e se transferiram de domicílio.
    Prosseguem vivendo aqueles a quem amas. Aguarda um pouco, enquanto, orando, a prece te luarize a alma e os envolvas no rumo por onde seguem.
    Não te imponhas mentalmente com altas doses de mágoas, com interrogações pressionantes, arrojando na direção deles os petardos vigorosos da tua incontida aflição.
    Esforça-te por encontrar a resignação.
    O amor vence, quando verdadeiro, qualquer distância e é ponte entre abismos, encurtando caminhos.
    Da mesma forma que anelas por volver a senti-los, a falar-lhes, a ouvir-lhes, eles também o desejam.
    Necessitam, porém, evoluir, quanto tu próprio.
    Se te prendes a eles demoradamente ou os encarceras no egoísmo, desejando continuar uma etapa que ora se encerrou, não os fruirás, porque estarão na retaguarda.
    Libertando-os, eles prosseguirão contigo, preparar-te-ão o reencontro, aguardar-te-ão...
    Faze-te, a teu turno, digno deles, da sua confiança, e unge-te de amor com que enriqueças outras vidas em memória deles, por afeição a eles.
    Não penses mais em termos de "adeus" e, sim, em expressões de "até logo mais".
    Todos os homens na Terra são chamados a esse testemunho, o da temporária despedida. Considera, portanto, a imperiosa necessidade de pensar nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte faça parte do teu programa de assuntos mentais, com que te armarás, desde já, para o retorno, ou para enfrentar em paz a partida dos teus amores...
    Quanto àqueles que viste partir, de quem sofres saudades infinitas e impreenchíveis vazios no sentimento, entrega-os a Deus, confiando-os e confiando-te ao Pai, na certeza de que, se souberes abrir a alma à esperança e à fé, conseguirás senti-los, ouvi-los, deles haurindo a confortadora energia com que te fortalecerás até ao instante da união sem dor, sem sombra, sem separação pelos caminhos do tempo sem fim, no amanhã ditoso.
    Joanna de Ângelis Divaldo Pereira Franco   


    Prezado Jorge Hessen,

    Que palavras tão aliviadoras. Ao ler a sua mensagem e os textos, me sinto mais leve e mais animado para recomeçar. Realmente, estava despedaçado e lamentando muito a perda e ainda misturando falas,como o senhor bem frisou, de pessoas que queriam alimentar sentimentos ruins em mim sobre o meu próprio pai, por quem tinha um grande amor. Mas na hora do desespero tudo parece fazer sentido até as coisas mais absurdas como esta.
    Vou seguir suas orientações. Estou conhecendo melhor o espiritismo há 3 meses e é onde tenho encontrado mais conforto, paz e coragem para enfrentar o sofrimento. 
    Continuarei firme e agradeço, de coração, a sua disponibilidade em me atender de forma tão generosa, tão bondosa e tão confortadora.
    Que Deus continue iluminando o seu caminho, porque os seus textos e as suas falas são carregadas de paz, de harmonia.
    Não sei se o senhor já ouviu falar da DO CENTRO XX aqui em XXX. Mas quem sabe um dia não terei a grande satisfação de encontrá-lo pessoalmente e participar de algumas de suas palestras.
    Abs.
    XXX



    CARO JORGE HESSEN
    Gosto muito de seus artigos. Tomo a liberdade de lhe fazer uma pergunta. Que diz o espiritismo sobre os signos - astrologia - signo compativeis que combinam ou não combinam ?
    Fraternalmente
    CARO ZZZ
    Esteja sempre à vontade comigo.
    Vamos a questão levantada.
    Será que os astros influenciam nossa vida?  Cremos que as reflexões das análises astrológicas têm algum mínimos fundamentos. Sabemos que o campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra; porém, segundo dizem os Benfeitores a existência na terra é sinônimo de luta. Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual receberá por suas obras, achando-se cada homem sob as influências que merece.
    Quem nos ensina isso é Emmanuel em o livro O Consolador.
    Grande abraço
    Jorge Hessen



    Prezado JORGE HESSEN
    A doutrina espiríta não é contra o divórcio (separação de duas pessoas que na verdade já estão separados - resposta muito vazia), mas quando a mulher não quer divorciar porque ama o marido e ele pede o divórcio. Não é falta de caridade? e as crianças que ficam sofrendo por causa da separação dos pais, também´não é falta de caridade por parte dos pais? Acho que eles deveriam ficar unidos para passar pela prova. Que acha?
    Muita paz e muita luz para o irmão.

    Caro ZZZ
    Ouçamos o que nos instrui  o Espírito Emmanuel:
    Deus  não   estabelece princípios de violência, e o Espírito, conquanto em  muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper,  recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos  que abraça no casamento.
    Constrangidos, muita vez, às últimas fronteiras da resistência, é natural que o  marido ou a esposa, relegado a sofrimento imerecido, se valha do divórcio por medida  extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhes complicariam  ainda mais o destino.
     Nesses lances da experiência, surge o divórcio à maneira de  bênção necessária e o cônjuge prejudicado encontra no tribunal da própria consciência o  apoio moral da auto-aprovação para renovar o caminho que lhe diga respeito, acolhendo  ou não nova companhia para a jornada humana.
    Óbvio que não nos é lícito estimular o  divórcio em tempo algum, competindo-nos tão-somente, nesse sentido, reconfortar e  reanimar os irmãos em lide, nos casamentos de provação, a fim de que se sobreponham  às próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as duras etapas de regeneração ou  expiação que rogaram antes do renascimento no Plano Físico, em auxílio a si mesmos;  ainda assim é justo reconhecer que a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o  direito de torturar ninguém, à face das leis eternas.
    O divórcio, pois, baseado em razões  justas, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução  pacifica. Efetivamente, ensinou Jesus: "não separeis o que Deus ajuntou", e quem está de fora do drama do casal  não deve  interferir na vida do cônjuges, no intuito de arredá-lo da obrigação a que se  confiou.
    Ocorre, porém, que se não nos cabe apoiar a separação  daqueles que as Leis de Deus reuniu para determinados fins, são eles mesmos (no caso ele), os que se enlaçaram pelos vínculos do  casamento, que desejam a separação entre si, tocando-nos unicamente a obrigação de  respeitar-lhes a livre escolha sem ferir-lhes a decisão.

    Saudações
    Jorge Hessen


    ESTIMADO JORGE HESSEN
    Concordo em parte com o que disse, mas conheço caso que a mulher amava tanto o seu marido que fez o divórcio litigioso e ela acabou se suicidando. Para mim, ele tanto ele como ela  terão que responder por isso no tribunal de Deus (justiça divina). Também vi uma reportagem que muitos filhos de americanos estão sofrendo pela separação de seus pais.
    Assim entendo tais procedimentos como falta de caridade. Um padre chegou a dizer em um dos seus livros que o divórcio é o sacramento do adultério e que a pior reconciliação é melhor do que o melhor divórcio.
    Um abraço fraterno!


    CARO ZZZ

    Nossos  argumentos foram embasados  nos conceitos espíritas e não católicos, portanto e conquanto acatando a tese católica  , não sou e jamais seria a favor da indissolubilidade do casamento formal (civil) o casamento religioso não tem qualquer validade para nós, espíritas.
     Quem garante que  a imposição dogmática (indissolubilidade do casamento formal) na imaginação delicada da mulher em discussão a levou ao suicídio? Se ela não tivesse os freios  dogmáticos de um credo, aliás, credo  que já não faz eco dentro da própria Cúria romana- pós-Francisco, o papa argentino. Penso até que todos os dogmas católicos coevos necessitariam ser extinguidos e ou cassados , como foram cassados vários santos e expulsos dos altares da igreja , logo após a promulgação do Concílio Vaticano II , na década de 60.
    Enfim, sem a imposição dos decrépitos dogmas da igreja creio que a mulher que suicidou resolveria de forma serena e racional o tumulto da separação. Quanto aos filhos, bem....Deus não coloca fardos pesados em ombros frágeis e digo isso na condição de filho de pais separados.
    Muito obrigado pelo debate e digo que continuo ao seu dispor  para palestrarmos, sem imposições ,  até porque estamos apenas externando ideias que acreditamos e jazo á disposição de todos os amigos  que mo procuram .
    Saudações
    Jorge Hessen



    Irmão Jorge.
    Gostei muito de sua manifestação . Vou rever meus conceitos sobre o divórcio. Também sou espiríta e quero continuar aprendendo para o meu crescimento espiritual.


    CARO ZZZ
    Estou à sua disposição como humilde irmão.
    Jorge

    Saudações meu amigo/irmão e professor.
    Li seu artigo sobre os cultos Afro-brasileiros. Aliás esta ficando dificil de te acompanhar, mal leio um artigo teu você já manda outro.
    Mas por favor continue assim. Bem vamos ao que interessa. Ao ler seu artigo algo não ficou muito laro para mim.
    Você nos explicou que na Europa o movimento Espirita-cristão tinha uma configuração científica e filosofica e no Brasil se desvirtuou para uma forma mais religiosa.
    Como se deu este processo? Será que todo caminho ascencional no Brasil sofre uma "viagem incompelta"? Ou será que a entativa de dialogar com a plebe resultou nisso?
    A propósito, decidi que este ano, em virtude devocê ter sido o quarto mais lido no ano de 2012, vou divulgar seus artigos com maior intensidade, pois você merece. Como eu disse uma vez prefiro uma Aristocracia Espirita-cristãna liderança da nossa sociedade do que uma maioria oclocratica de fanaticos e tiranos. E através e seus artigos e de outros confrades teus que podemos caminhar par uma sociedade mais justa, boa, bela, verdadeira e honrada.
    Obrigado por tudo.
    vvv.

    Caro vvv
    Meu irmão querido,
    No artigo procuro discordar da tese que considera o Espiritismo brasileiro uma simples deturpação do europeu.  O Espiritismo não foi desvirtuado no Brasil e no artigo mostro exatamente isso, que o Espiritismo no Brasil é a mesma doutrina codificada por Allan Kardec, uma doutrina que nos convida integralmente para o Evangelho.
    Tenho acompanhado seus contributos  culturais na Internet e na condição  de quem lê o que você tem publicado  quero agradecer pelos artigos que nos convida a refletir  sempre.
    Obrigado pelo apreço  e carinho, e digo que a recíproca é verdadeira.
    Paz meu amigo.

    Jorge