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  • 16 de mai. de 2014

    DESOBSESSÃO SEM NECESSIDADE DA MEDIUNIDADE PSICOFÔNICA

    Bom dia meu bom amigo Jorge Hessen,

    O amigo sabe de alguma fonte bibliográfica que esclareça que não é imprescindível a utilização de médiuns de psicofonia para o socorro aos espíritos desencarnados, mas de forma direita e não subentendida, haja vista, essa atividade sempre ter sido realizada pela Espiritualidade Superior em todas as épocas da humanidade, levando-se em consideração que o Espiritismo tem pouco mais de 150 anos. 

    Abraço!
    XCV

    Caro XCV,
    Seu raciocínio para minha convicção pessoal  é perfeito e legítimo.  Jamais seria indispensável a psicofonia para efeito de socorro direto aos desencarnados em sofrimento. Isso sempre foi levado a efeito NO e PELO plano fora da matéria em todos os períodos da humanidade. Certa vez Manoel Quintão , diretor da FEB indagou o Espírito Emmanuel sobre assunto correspondente e a FEB resolveu publicar as respostas dos questionamentos através da obra intitulada  “O Consolador”, notemos as três  seguintes reflexões:
    Na pergunta 371 foi inquirido ao Mentor de F.C Xavier se deveriam ser  intensificadas no Espiritismo as sessões mediúnicas.   Para Emmanuel  são raros, os centros  espiritistas que se podem entregar conscientemente à mediunidade  com melhor consciência sobre a  tarefa fenomênica; motivo pelo qual Emmanuel  aconselha  a implantação e manutenção de reuniões de estudos, meditação (mentalizações ou orações ) e debates constantes sobre  as inferências morais imperiosas no grupo espírita, a fim de que  inúmeros centros bem-intencionados não se afastem de Kardec por desânimo  ou ignorância, tendo como causa um prematuro intercâmbio  com as forças do além.
    A seguir, na questão 375,  reforçando a questão anterior indagou-se ao Mentor se os grupos espiritistas podem ser estabelecidos sem a ajuda dos  médiuns e da mediunidade ostensiva. Emmanuel não se fez de rogado e explicou com palavras diretas e muito objetivas: “Nas reuniões doutrinárias, os médiuns são úteis, MAS NÃO INDISPENSÁVEIS. Explica o mentor que todos somos médiuns (ainda mesmo  sem tarefas definidas). (grifei)   Visto por este prima um trabalho de desobsessão pode e deve  ocorrer por “lá”. Aliás, no livro Libertação observa-se que  há um grupo de trabalho desobsessivo  no além,  realizando um serviço extremamente complicado de subjugação de um afilha de um juiz encarnado (você deve se lembrar bem dos Gregório’s  e dos Sandanha’s – protagonistas das trevas, segundo narra o livro citado).
    Aproveitando o tema  recorro ainda à pergunta 393de O Consolador onde Emmanuel comenta sobre a obsessão considerando-a  como uma prova  inevitável e jamais um  “acidente”. Para ele a obsessão é sempre uma prova, nunca um acontecimento eventual. No seu  exame, contudo, precisamos considerar os méritos da vítima e a dispensa da  misericórdia divina a todos os que sofrem.  Para atenuar ou afastar os seus efeitos, é imprescindível o sentimento do amor  universal no coração daquele que fala em nome de Jesus. Não bastarão as fórmulas  doutrinárias. É indispensável a dedicação, pela fraternidade mais pura.
    Os que se  entregam à tarefa da cura das obsessões precisam ponderar, antes de tudo, a  necessidade de iluminação interior do médium perturbado, porquanto na sua educação  espiritual reside a própria cura. Se a execução desse esforço não se efetua, tende  cuidado, porque, então, os efeitos serão extensivos a todos os centros de força  orgânica e psíquica. O obsidiado que entrega o corpo, sem resistência moral, as  entidades ignorantes e perturbadas, é como o artista que entregasse seu violino  precioso a um malfeitor, o qual, um dia, poderá renunciar à posse do instrumento que lhe  não pertence, deixando-o esfacelado, sem que o legítimo, mas imprevidente dono, possa utilizá-lo nas finalidades sagradas da vida.
    Meu amigo, poderia discorrer um pouco mais, porém  com a simplicidade dos esclarecimentos acima creio que você está cobertíssimo de razão consoantes arrazoados a mim enviados.
    Forte a respeitoso abraço

    Jorge Hessen