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Jorge Hessen |
Prezado Jorge Hessen,
Me chamo xxx, tenho x anos, sou
professor universitário, moro em xxxx. Sou de uma família católica, mas há um
bom tempo me sinto perdido espiritualmente, Na Igreja Católica, não encontrei
respostas e tenho críticas a algumas questões que considero muito mundanas para
uma instituição religiosa.
Em 2005, tive um momento
bastante delicado quando foi detectado um câncer de pulmão no meu pai, que
nunca havia fumado. Ele fez tratamento durante um ano e maio e veio a falecer.
Ficamos bastante revoltados até mesmo com Deus. Por que justamente meu pai teve
que pagar este preço.............
O tempo passou e as nossas
almas foram se acalmando. Em fevereiro deste ano, m minha irmã, que era uma
pessoa muito doce, caridosa, professora de crianças de 3, 4 anos, um exemplo de
vida, começou a ter uma tosse. No início, não era nada. Foram sendo feitos
exames e alguns médicos levantaram a suspeita de câncer de pulmão, mesmo ela
tendo apenas xx anos e também nunca fumou ou ingeriu bebida alcóolica. Fiquei
desesperado porque tive os piores diagnósticos. Até que um médico entrou no
caso e levantou a hipótese de ser consequencia de uma doença crônica que ela
tem no intestino - Doença de xxx que teria afetado o pulmão. Nos enchemos de
esperanças, porque tem tratamento e ela poderia ficar boa ao longo do tempo.
Mas no último dia x de maio, sozinha com minha mãe de xx anos em casa, ela teve
uma crise de tosse e a artéria pulmonar arrebentou, de forma fulminante. Ela se
foi. Foi uma das piores notícias que já recebi na minha vida na madrugada,
porque trabalho em outra cidade. Meu mundo desabou.
Desde xxx venho frequentando a
Casa x (Espírita) em x, em função da doença da minha irmã e na busca de uma
ajuda espiritual. Minha alma ficou mais leve e comecei a acreditar que a cura
dela seria possível. Vivo com a minha irmã - somos solteiros, - há xxx anos, tenho
um grande amor por ela e a sua perda me deixou sem chão. Fiquei revoltado
contra Deus. Em fevereiro, antes de ela adoecer, um cara que se dizia pai de
santo do nada leu cartas para mim sem eu pedir e disse que meu pai era um obsessor
e que não estava confortável em outra
esfera espiritual e que poderia vir buscar alguém. Aí fiquei imaginando coisas
- ela era muito agarrada a ele, não aceitou bem a morte dele e ainda tem um
cãncer fulminante no pulmão sem fumar, muito parecido com o caso dele.
Tenho uma médica que é espírita
e é uma pessoa muito iluminada que admiro muito. Ela disse para eu não me
revoltar, continuar a frequentar a xxxx e procurar que, com o tempo, as
explicações virão.
Estou em conflito - é muito
difícil aceitar a perda da minha irmã. Ela era uma pessoa exemplar - era o
pilar da familiar por ser tão amorosa. Amava as crianças da periferia com quem
trabalhava. Só cultivou o bem. E por que foi ter uma morte tão precoce e tão
dolorosa..............Sinto muita falta dela. E ficaram muitas
interrogações....
Será que o meu pai pode ter
alguma coisa a ver com a morte da minha irmã.....
Ela queria muito ficar aqui com
as pessoas que amava, por que teve que ir e como estará agora....
Enfim...............preciso de
algumas respostas, de uma luz para ter forças para continuar e não ter
recaídas.
Li os seus textos e gostei
muito. Se puder me ajudar, ficarei muito grato.
Abs.

Caro xxx
Que a paz do Cristo esteja conosco.
Afirmo-lhe que seu pai não tem e nem poderia ter alguma coisa
a ver com a desencarnação da sua irmã.
Olvide tudo o que lhe disse o “tal sujeito que se dizia pai de
santo”. Ele não passa de um irresponsável, e infeliz que quer a infelicidade
dos outros. A ignorância desses enleados agentes das trevas dá margem a
informações estapafúrdias e outras coisas inaproveitáveis sob tod
os pontos de vista.
Compreendemos bem o que você está passando neste momento. Mas,
sempre que ficar triste procure sublimar esse sentimento com a prática de uma
prece, e nesta oração rogue para que Deus lhe esclareça, a fim de que
possa, nesta fase, ser encorajado, alimentado de bom ânimo, esperança e paz!
Quanto às pessoas queridas (pai e irmã) que desencarnaram, confia em
Deus, pois Ele jamais desampara os seus filhos. Mantendo essa confiança e fé em
Deus, compreenderá que tudo na vida e na natureza trabalha a favor do nosso
progresso, assim entenderá que este período é um momento para que você possa
utilizar de maneira produtiva, aproveitando-o para crescer e evoluir
espiritualmente.
Vai aos poucos saber que aquele que desencarna geralmente passa por
um período de perturbação temporária, variando de pessoa a pessoa, dependendo
de sua evolução moral, sobretudo o desprendimento das coisas materiais. Em
qualquer caso, nunca faltará a assistência espiritual, proporcionada pelos bons
espíritos, em nome de Deus.
A morte não é o fim e sim a passagem para a verdadeira vida, vida em
plenitude. E a separação não é absoluta. Apenas passamos de uma dimensão
física, para a dimensão espiritual. Estamos ligados pelo pensamento, de modo
que seus entes queridos falecidos captam as orações que lhe forem direcionadas
e se sentirão bem com isto.
Da mesma forma ficarão aliviados sabendo que os familiares estão
resignados e trabalhando para que a vida continue sem sobressaltos. O irmão
poderá ter encontros com seus entes queridos no plano espiritual, por ocasião
do sono, quando os Espíritos permitem esses momentos para que haja uma
renovação de ânimo de ambas as partes. O melhor que se pode fazer para quem
desencarnou é fazer tudo o que ele gostaria de ter feito, especialmente no
campo do bem, enviando-lhe apenas bons pensamentos, evitando qualquer lembrança
menos digna.
Do ponto de vista espiritual, nem sempre nos é possível obter
notícias sobre os desencarnados, pois para tanto é necessário que eles tenham
condições de virem até nós e tenham a permissão de Deus. Neste caso é preciso
aceitar a ausência de notícias, confiando na sabedoria e amor de Deus, que sabe
o melhor para todos nós. , seguem algumas sugestões para que você possa ir
aprendendo como administrar melhor o que estás sentindo agora, ok?
Lembre-se sempre da oração diária, nos momentos de dificuldades, mas
agradeça por tudo, também pela dor, pois o sofrimento muito nos instrui. Você,
juntamente com os demais familiares, procure orar pelos entes queridos
desencarnados, com resignação e esperança no futuro espiritual. Recomendamos a
ocupação com os deveres e a prática de ações no bem, de auxílio ao
próximo, em vez de ficar vivendo improdutivamente sua dor e saudade.
Aconselhamos que você continue a frequentar a casa espírita,
assistir as reuniões públicas, essas reuniões são muito esclarecedoras e
instruem bastante, o que lhe ajudará a encontrar respostas para seus
questionamentos. Segue em anexo 3 textos para sua reflexão.
Se você tem o hábito de ler, sugerimos que conheça o
livro: "E A Vida Continua", do Espírito André Luiz, psicografado por
Francisco Cândido Xavier.
Sugerimos fazer a Reunião do Evangelho no Lar para que não somente
você, mas todos da família, e auxiliares, possam receber os seus benefícios,
que envolvem todo o ambiente doméstico. Segundo Emmanuel, Espírito, não devemos
esquecer a necessidade de trazer o Cristo para o cenário de amor onde nos
refugiamos. É um trabalho simples. Escolhemos alguns minutos por semana e nos
reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de
Jesus. Recomendável seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário.
Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho e lemos,em
voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida. Os companheiros
participantes devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades. Através da
conversação edificante produzida, os benfeitores da espiritualidade superior
"distribuirão a todos idéias e forças, em nome do Cristo, para que
horizontes novos iluminem o espírito de cada um."
Uma lista de artigos outros esclarecimentos sobre o
Espiritismo poderá ser encontrado nos meus sites: http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com.br/
e http://aluznamente.com.br
Procure cultivar o hábito da oração e manter-se em vigilância, no
pensamento, no falar e no agir. Igualmente, assistindo às palestras da Casa
Espírita, prestando a devida atenção, sempre encontraremos respostas para as
nossas dúvidas, por meio dos ensinamentos dos oradores e a assistência
inspiradora dos nossos mentores e protetores espirituais, com certeza.
A Casa Espírita proporciona o benefício do passe, o qual se
constitui duma transfusão de energias, que nos revigoram e reanimam.
Igualmente, a participação em atividades de caridade, de ajuda ao próximo,
proporciona a higiene mental necessária à nossa renovação.
Que Deus abençoe nossos propósitos de entendimento Esperamos ter
podido ajudar. No intuito de continuar a ajudá-lo, gostaria de saber se nossa
orientação foi bem compreendida e aceita por você, bem como receber algum
comentário adicional que você tenha sobre o assunto que lhe envio.
Seguem abaixo algumas reflexões dos Benfeitores sobre a
desencarnação:
PRIMEIRA MENSAGEM
Nenhum sofrimento,
na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro
coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
Ver a névoa da
morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes
os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir
vivendo.
Digam aqueles que
já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da
agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma
companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que
tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado
a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação,
através da última lágrima.
Falem aqueles que,
um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram
em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes
inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife
dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que
soluçaram de angústia, no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão,
pela presença dos que partiram.
Todavia, quando
semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da
mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e
as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
Também eles pensam
e lutam, sentem a choram.
Atravessam a faixa
do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia,
inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda
mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços
afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.
Lamentam-se quanto
aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz
respeito.
Estimulam-te à
prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.
Rejubilam-se com as
tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não
percas no frio do desencanto.
Tranqüiliza-te,
desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a
despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres
que te legaram.
Recorda que, em
futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as
necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no
mar das provas redentoras.
E, vencendo para
sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso
Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os
infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado,
mas ressuscitou aos Cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.
Emmanuel Chico Xavier
SEGUNDA MENSAGEM
Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas
que o desespero te ensombre o coração.
Eles não morreram.
Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo.
Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da
confiança em Deus.
Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no
adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando
não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da
amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência
terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura
incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas
quando tateais a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque.
Pensa neles com a saudade convertida em oração.
As tua preces de amor representam acordes de esperança e
devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida. Quando puderes,
realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo
por infatigáveis zeladores de teus dias.
Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te
prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a
elevação que se lhes faz necessária.
Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais
Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da
experiência no plano material...
Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem
adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam
na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar.
Emmanuel Chico Xavier
TERCEIRA MENSAGEM
Depois que partiram do círculo carnal aqueles a quem amas, tens a
impressão de que a vida perdeu a sua finalidade.
As horas ficaram vazias, enquanto uma angústia que te dilacera e uma
surda desesperação que te mina as energias se fazem a constante dos teus
momentos de demorada agonia.
Estiveram ao teu lado como bênção de Deus, clareando o teu mundo de
venturas com o lume da sua presença e não pensaste, não te permitiste acreditar
na possibilidade de que eles te pudessem preceder na viagem de retorno.
Cessados os primeiros instantes do impacto que a realidade te impôs,
recapitulas as horas de júbilo enquanto o pranto verte incessante, sem confortaste,
como se as lágrimas carregassem ácido que te requeima desde a fonte do
sentimento à comporta dos olhos, não diminuindo a ardência da saudade...
Ante essa situação, o futuro se te desdobra sombrio, ameaçador, e
interrogas como será possível prosseguir sem eles.
O teu coração pulsa destroçado e a tua dor moral se transforma em
punhalada física, a revolver a lâmina que te macera em largo prazo.
Temes não suportar tão cruel sofrimento.
Conseguirás, porém, superá-lo.
Muito justas, sim, tuas saudades e sofrimentos.
Não, porém, a ponto de levar-te ao desequilíbrio, à morte da
esperança, à revolta...
Os seres a quem amas e que morreram, não se consumiram na voragem do
aniquilamento. Eles sobreviveram.
A vida seria um engodo, se se destruísse ante o sopro desagregador
da morte que passa.
A vida se manifesta, se desenvolve em infinitos matizes e
incontáveis expressões. A forma se modifica e se estrutura, se agrega e se
decompõe passando de uma para outra expressão vibratória sem que a energia que
a vitaliza dependa das circunstâncias transitórias em que se exterioriza.
Não estão, portanto, mortos, no sentido de destruídos, os que
transitaram ao teu lado e se transferiram de domicílio.
Prosseguem vivendo aqueles a quem amas. Aguarda um pouco, enquanto,
orando, a prece te luarize a alma e os envolvas no rumo por onde seguem.
Não te imponhas mentalmente com altas doses de mágoas, com
interrogações pressionantes, arrojando na direção deles os petardos vigorosos
da tua incontida aflição.
Esforça-te por encontrar a resignação.
O amor vence, quando verdadeiro, qualquer distância e é ponte entre
abismos, encurtando caminhos.
Da mesma forma que anelas por volver a senti-los, a falar-lhes, a
ouvir-lhes, eles também o desejam.
Necessitam, porém, evoluir, quanto tu próprio.
Se te prendes a eles demoradamente ou os encarceras no egoísmo,
desejando continuar uma etapa que ora se encerrou, não os fruirás, porque
estarão na retaguarda.
Libertando-os, eles prosseguirão contigo, preparar-te-ão o
reencontro, aguardar-te-ão...
Faze-te, a teu turno, digno deles, da sua confiança, e unge-te de
amor com que enriqueças outras vidas em memória deles, por afeição a eles.
Não penses mais em termos de "adeus" e, sim, em expressões
de "até logo mais".
Todos os homens na Terra são chamados a esse testemunho, o da
temporária despedida. Considera, portanto, a imperiosa necessidade de pensar
nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte faça parte do teu programa
de assuntos mentais, com que te armarás, desde já, para o retorno, ou para
enfrentar em paz a partida dos teus amores...
Quanto àqueles que viste partir, de quem sofres saudades infinitas e
impreenchíveis vazios no sentimento, entrega-os a Deus, confiando-os e
confiando-te ao Pai, na certeza de que, se souberes abrir a alma à esperança e
à fé, conseguirás senti-los, ouvi-los, deles haurindo a confortadora energia
com que te fortalecerás até ao instante da união sem dor, sem sombra, sem
separação pelos caminhos do tempo sem fim, no amanhã ditoso.
Joanna de Ângelis Divaldo Pereira Franco
Prezado Jorge Hessen,
Que palavras tão aliviadoras. Ao ler a sua mensagem e os
textos, me sinto mais leve e mais animado para recomeçar. Realmente, estava
despedaçado e lamentando muito a perda e ainda misturando falas,como o senhor
bem frisou, de pessoas que queriam alimentar sentimentos ruins em mim sobre o
meu próprio pai, por quem tinha um grande amor. Mas na hora do desespero tudo
parece fazer sentido até as coisas mais absurdas como esta.
Vou seguir suas orientações. Estou conhecendo melhor o
espiritismo há 3 meses e é onde tenho encontrado mais conforto, paz e coragem
para enfrentar o sofrimento.
Continuarei firme e agradeço, de coração, a sua
disponibilidade em me atender de forma tão generosa, tão bondosa e tão
confortadora.
Que Deus continue iluminando o seu caminho, porque os seus
textos e as suas falas são carregadas de paz, de harmonia.
Não sei se o senhor já ouviu falar da DO CENTRO XX aqui em XXX.
Mas quem sabe um dia não terei a grande satisfação de encontrá-lo pessoalmente
e participar de algumas de suas palestras.
Abs.
XXX
CARO JORGE HESSEN
Gosto muito de seus artigos.
Tomo a liberdade de lhe fazer uma pergunta. Que diz o espiritismo sobre os
signos - astrologia - signo compativeis que combinam ou não combinam ?
Fraternalmente
CARO ZZZ
Esteja sempre à vontade comigo.
Vamos a questão levantada.
Será que os astros influenciam
nossa vida? Cremos que as reflexões das
análises astrológicas têm algum mínimos fundamentos. Sabemos que o campo
magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem
físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra; porém, segundo
dizem os Benfeitores a existência na terra é sinônimo de luta. Se as
influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas
lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades
astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual
receberá por suas obras, achando-se cada homem sob as influências que merece.
Quem nos ensina isso é Emmanuel em
o livro O Consolador.
Grande abraço
Jorge Hessen
Prezado JORGE HESSEN
A doutrina espiríta não é
contra o divórcio (separação de duas pessoas que na verdade já estão separados
- resposta muito vazia), mas quando a mulher não quer divorciar porque ama o
marido e ele pede o divórcio. Não é falta de caridade? e as crianças que ficam
sofrendo por causa da separação dos pais, também´não é falta de caridade por
parte dos pais? Acho que eles deveriam ficar unidos para passar pela prova. Que
acha?
Muita paz e muita luz para o
irmão.
Caro ZZZ
Ouçamos o que nos instrui o Espírito Emmanuel:
Deus não
estabelece princípios de violência, e o Espírito, conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos,
dispõe da faculdade de interromper,
recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho
dos compromissos que abraça no
casamento.
Constrangidos, muita vez, às
últimas fronteiras da resistência, é natural que o marido ou a esposa, relegado a sofrimento
imerecido, se valha do divórcio por medida
extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhes
complicariam ainda mais o destino.
Nesses lances da experiência, surge o divórcio
à maneira de bênção necessária e o
cônjuge prejudicado encontra no tribunal da própria consciência o apoio moral da auto-aprovação para renovar o
caminho que lhe diga respeito, acolhendo
ou não nova companhia para a jornada humana.
Óbvio que não nos é lícito
estimular o divórcio em tempo algum,
competindo-nos tão-somente, nesse sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos casamentos de
provação, a fim de que se sobreponham às
próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as duras etapas de regeneração
ou expiação que rogaram antes do
renascimento no Plano Físico, em auxílio a si mesmos; ainda assim é justo reconhecer que a
escravidão não vem de Deus e ninguém possui o
direito de torturar ninguém, à face das leis eternas.
O divórcio, pois, baseado em
razões justas, é providência humana e
claramente compreensível nos processos de evolução pacifica. Efetivamente, ensinou Jesus:
"não separeis o que Deus ajuntou", e quem está de fora do drama do
casal não deve interferir na vida do cônjuges, no intuito de
arredá-lo da obrigação a que se confiou.
Ocorre, porém, que se não nos cabe
apoiar a separação daqueles que as Leis
de Deus reuniu para determinados fins, são eles mesmos (no caso ele), os que se
enlaçaram pelos vínculos do casamento,
que desejam a separação entre si, tocando-nos unicamente a obrigação de respeitar-lhes a livre escolha sem ferir-lhes
a decisão.
Saudações
Jorge Hessen
ESTIMADO JORGE HESSEN
Concordo em parte com o que
disse, mas conheço caso que a mulher amava tanto o seu marido que fez o
divórcio litigioso e ela acabou se suicidando. Para mim, ele tanto ele como
ela terão que responder por isso no
tribunal de Deus (justiça divina). Também vi uma reportagem que muitos filhos
de americanos estão sofrendo pela separação de seus pais.
Assim entendo tais
procedimentos como falta de caridade. Um padre chegou a dizer em um dos seus
livros que o divórcio é o sacramento do adultério e que a pior reconciliação é
melhor do que o melhor divórcio.
Um abraço fraterno!
CARO ZZZ
Nossos argumentos foram embasados nos conceitos espíritas e não católicos,
portanto e conquanto acatando a tese católica
, não sou e jamais seria a favor da indissolubilidade do casamento
formal (civil) o casamento religioso não tem qualquer validade para nós,
espíritas.
Quem garante que a imposição dogmática (indissolubilidade do
casamento formal) na imaginação delicada da mulher em discussão a levou ao
suicídio? Se ela não tivesse os freios
dogmáticos de um credo, aliás, credo
que já não faz eco dentro da própria Cúria romana- pós-Francisco, o papa
argentino. Penso até que todos os dogmas católicos coevos necessitariam ser
extinguidos e ou cassados , como foram cassados vários santos e expulsos dos
altares da igreja , logo após a promulgação do Concílio Vaticano II , na década
de 60.
Enfim, sem a imposição dos
decrépitos dogmas da igreja creio que a mulher que suicidou resolveria de forma
serena e racional o tumulto da separação. Quanto aos filhos, bem....Deus não
coloca fardos pesados em ombros frágeis e digo isso na condição de filho de
pais separados.
Muito obrigado pelo debate e digo
que continuo ao seu dispor para
palestrarmos, sem imposições , até
porque estamos apenas externando ideias que acreditamos e jazo á disposição de
todos os amigos que mo procuram .
Saudações
Jorge Hessen
Irmão Jorge.
Gostei muito de sua
manifestação . Vou rever meus conceitos sobre o divórcio. Também sou espiríta e
quero continuar aprendendo para o meu crescimento espiritual.
CARO ZZZ
Estou à sua disposição como humilde
irmão.
Jorge
Saudações meu amigo/irmão e
professor.
Li seu artigo sobre os cultos
Afro-brasileiros. Aliás esta ficando dificil de te acompanhar, mal leio um
artigo teu você já manda outro.
Mas por favor continue assim.
Bem vamos ao que interessa. Ao ler seu artigo algo não ficou muito laro para
mim.
Você nos explicou que na Europa
o movimento Espirita-cristão tinha uma configuração científica e filosofica e
no Brasil se desvirtuou para uma forma mais religiosa.
Como se deu este processo? Será
que todo caminho ascencional no Brasil sofre uma "viagem incompelta"?
Ou será que a entativa de dialogar com a plebe resultou nisso?
A propósito, decidi que este
ano, em virtude devocê ter sido o quarto mais lido no ano de 2012, vou divulgar
seus artigos com maior intensidade, pois você merece. Como eu disse uma vez
prefiro uma Aristocracia Espirita-cristãna liderança da nossa sociedade do que
uma maioria oclocratica de fanaticos e tiranos. E através e seus artigos e de
outros confrades teus que podemos caminhar par uma sociedade mais justa, boa,
bela, verdadeira e honrada.
Obrigado por tudo.
vvv.
Caro vvv
Meu irmão querido,
No artigo procuro discordar da tese
que considera o Espiritismo brasileiro uma simples deturpação do europeu. O Espiritismo não foi desvirtuado no Brasil e
no artigo mostro exatamente isso, que o Espiritismo no Brasil é a mesma
doutrina codificada por Allan Kardec, uma doutrina que nos convida
integralmente para o Evangelho.
Tenho acompanhado seus
contributos culturais na Internet e na
condição de quem lê o que você tem
publicado quero agradecer pelos artigos que
nos convida a refletir sempre.
Obrigado pelo apreço e carinho, e digo que a recíproca é
verdadeira.
Paz meu amigo.
Jorge