Pa....: GRANDE JORGE!
Foi ótimo ler seu artigo sobre "Resgate Coletivo". Encontrei respostas para algumas dúvidas e um pouco de alento para as dores da insegurança, da compaixão e do medo. Duas perguntas que sempre me fiz: uma: será que tudo é resgate? Outra: o que trazemos como prova para cumprirmos e evoluirmos, não pode ser mudado? Impreterivelmente temos que passar por um sofrimento que pedimos ou que para nós foi determinado pelos Espíritos Superiores para que possamos evoluir?
No seu artigo você responde que a flexibilidade da lei de causa e efeito abre espaço para possiveis mudanças em nosso destino, pelo nosso modo de vida, se pautado no verdadeiro amor. Foi isso que entendí. Permita-me uma pergunta, Jorge, e no caso de uma Dra. Zilda Arns, penso que ela foi chamada pela Espiritualidade Superior para trabalhar junto com eles. É alguma coisa neste rumo, não é? Eu fiquei tão feliz, e ao mesmo tempo com medo porque é bom e "pesante" sabermos que está em nossas mãos o nosso destino. Podemos modificá-lo para melhor ou para pior, não é?
MARAVILHOSO ARTIGO, Jorge! A gente fica tão fragilizada!, tão insegura! Sabe que esses dias me sinto um nada!, com tanto medo! Dou GRAÇAS A DEUS TODA HORA POR TER ENCONTRADO A MINHA DOUTRINA ESPÍRITA. Não sei o que seria de mim se não tivesse me tornado Espírita. Posso não ser AQUELA ESPÍRITA, tão estudiosa e frequentadora como deveria, mas sou Espírita, tenho certeza e como você diz: " SABER DA REENCARNAÇÃO" é a maior consolação que se pode ter.
BRAVO JORGE!
OBRIGADA, e um grande abraço de sua irmã
Pa......
Jorge Hessen: Prezada irmã e amiga
É muita generosidade, de sua parte, dirigir-se a mim como GRANDE JORGE. Sinceramente, não me vejo dessa forma; mas, como um modesto colaborador do Cristo Jesus. De qualquer forma, agradeço-lhe o carinho, sempre manifestado quando me escreve.
Eis as respostas aos seus questionamentos, minha irmã:
1 – Será que tudo é resgate?
R: Não, “não creiais que tudo o que ocorre esteja escrito, como se diz. Um acontecimento é, frequentemente, a consequência de uma coisa que fizeste por um ato de tua livre vontade, de tal sorte que, se não tivesses feito essa coisa, o acontecimento não ocorreria.”
2 – O que trazemos como prova para cumprirmos e evoluirmos, não pode ser mudado?
R: Sim, “desde que esse desvio aparente possa se harmonizar com a vida que escolheu.”
3 – Impreterivelmente, temos que passar por um sofrimento que pedimos ou que para nós foi determinado pelos Espíritos Superiores para que possamos evoluir?
R: As provas ocorrem de duas formas, ou melhor, por escolha ou por imposição. “A vida corporal lhe é dada para se livrar das suas imperfeições pelas provas que nela deve suportar, e são precisamente essas imperfeições que o tornam mais fraco e mais acessível às sugestões dos outros Espíritos imperfeitos que delas se aproveitam para fazê-lo sucumbir nas lutas que empreende. Se ele sai vencedor dessa luta, se eleva; se fracassa, permanece aquilo que foi, nem pior nem melhor. É uma prova para recomeçar, e pode durar muito tempo assim. Quanto mais ele se depura, mais essas fraquezas diminuem e menos se expõe àqueles que o solicitam para o mal. Sua força moral cresce em razão de sua elevação, e os maus Espíritos se afastam dele.”
Portanto, minha irmã, nós podemos minimizar as provas, porque o “amor cobre uma multidão de pecados”. Se as provas forem por nossa escolha, suportemos com dignidade e façamos todo o bem que pudermos. Se forem por imposição dos Espíritos Superiores, enfrentemos com coragem, pois somente eles sabem o porquê dessa ordem de autoridade superior.
4 - No caso de uma Dra. Zilda Arns, penso que ela foi chamada pela Espiritualidade Superior para trabalhar junto com eles. É alguma coisa neste rumo, não é?
R: “O homem só não pode fugir à sentença que fixa o termo de sua existência, nem ao gênero de morte que deve interromper-lhe o curso.” Imaginemos os méritos que essa nobre senhora conquistou para o seu Espírito!
Toda a Humanidade se sente consternada pelo drama por que passam os sobreviventes do Haiti, mas, diante dessa terrível catástrofe, que ocorreu por Leis Naturais, resta-nos colaborar, até mesmo, com o mínimo, pois, o pouco com Deus é muito, não nos esquecendo, obviamente, das orações dirigidas ao Pai, por essa gente tão sofrida.
Espero ter respondido, satisfatoriamente, suas perguntas que eu, humildemente, repasso-lhe.
Fraternalmente,
Jorge Hessen