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  • 21 de ago. de 2010

    ABORTO, O ESTADO NÃO PODE LEGALIZAR ASSASSINATOS




    Eu gostaria de comentar o papel dos religiosos em diversas situações que envolvem questões delicadas. Na questão do aborto eu também sou contra. Porém, acho que todas as entidades religiosas devem tentar convencer seus fiéis a não praticá-lo, mostrando suas razões. Cabe ao estado proteger sua população daqueles que enriquecem com a indústria do aborto. O número de mulheres que morrem devido a abortos imperitos é algo muito preocupante. Acho justa a preocupação de religiosos com essa questão. Mas, creio, estes mesmos religiosos devem atuar na evangelização de seus fiéis deixando que sigam a intuição de seus livres arbítrios. Nada em religião deve ser imposto. Se não conseguirem convencer seus fiéis a não cometerem atos tão insanos, alguma coisa estará errada. Estarão dando provas de suas incompetências no trato com as questões de Deus. Temos que separar política pública da questão religiosa. É evidente que aqueles que são a favor do aborto se preocupam com os abortos clandestinos que têm ceifado muitas vidas. Do outro lado, religiosos são contrários por questões dogmáticas. De qualquer maneira, proibindo ou não, através de lei não se resolverá a questão. O caminho é a conscientização religiosa, esse é o papel dos religiosos não importando de que religiões sejam. Lembrando que o estado é laico por força constitucional em respeito até mesmo aos ateus.


    Senhor J...............
    Não discordo do papel social dos religiosos nas situações que envolvem questões do aborto. Cremos que as entidades religiosas de qualquer denominação tem cumprido , sim! o papel social, pois nem tudo o estado consegue fazer por "n's" razões. É verdade que o número de mulheres que morrem devido a abortos nas clinicas cladestinas é muito estarrecedor, como também é muito preocupante o número de mulheres que morrem diariamente vítimas de seus esposos e companheiros.
    Obviamente toda proposta evengelizadora é para ajudar-nos a melhorar o comportamento pessoal e social. Talvez realmente haja falhas gravíssimas no trato com das questões divinas. E no que toca a questão religião e política pública devem ser coisas distintas radicalmente. Mas , sinceramente não creio que aqueles que são favoráveis ao aborto o sejam por causa das práticas clandestinas que supostamente matam muitas mulheres (realmente não há estatística sobre essas imaginárias "mortes"). A rigor os abortos clandestinos so assassinam seres indefesos no ventre.
    É uma afirmação (me perdoe) no mínimo infeliz ao afirmar que religiosos são contrários ao assassinato de um ser humano por questões dogmáticas, não faz sentido essa alegação, meu irmão, repense essa sua crença pessoal, por favor!
    A não legalização do aborto é uma atitude de racionalidade humana e a questão será resolvida pelos mecanismos da vida e para isso demandará tempo. E sobre a laicidade do estado que ele cumpra seu papel instranferível de proteger a vida em todos os níveis e jamais legalizar a morte.
    Os abortistas continuarão a evocar as péssimas condições em que são realizados os procedimentos clandestinos. Porém, em que pese seus argumentos , não nos iludamos, imaginando que o assassinato oficial (aborto nos hospitais) irá resolver a questão do infanticídio; ao contrário, o aumentará e muito, como digo no artigo! A pena de morte do bebê continuará a ser praticado escondido e não controlado, pois a clandestinidade é cúmplice do anonimato e não exige explicações. Descriminalizar o aborto, sob quaisquer circunstâncias, será um expressivo marco de estagnação espiritual na história da sociedade brasileira. Pensemos nisso!
    Atenciosamente
    Jorge Hessen