BLOG E SITES

  • LEITORES
  • 29 de abr. de 2011

    CONFLITOS E ANGUSTIAS


    Ola jorge, sou participante da doutrina espirita em minha cidade, juntamente com esposo e filhas, mas não me sinto digna de atuar entre os amigo, tenho me sentido fraca diante as pequenas dificuldades do dia a dia, sempre me achei um tanto desconexa entre a minha personalidade estressada e de facil irritação e a imagem que desejo criar de uma pessoa boa para mim, sei que tudo que faço, penso e atitudes se reflete diretamente em minha familia, até tenho ótimas intenções, mas fraquejo diante de qualquer obstáculo. Minhas filhas são uma graça, participam da evangelização aos domingos, onde tento ser evangelizadora também, mas me sinto apenas uma ajudante, mesmo que o grupo me veja como tal.
    Vendo de longe pareço a ¨figueira¨ da parabola de Jesus, de longe pareço uma árvore frondoza e frutífera, mas quando de mim se aproximam, podem ver que nada ou muito pouco produzo.
    É como se algo dissesse dentro de mim: Você até tenta ser boazinha, mas você é má, tá usando mascara?
    Quando me irrito, logo solto um palavrão, e em seguida me envergonho, quero pedir perdão pra Deus, mas fico com vergonha de mim mesma, então me sinto fraca denovo, e as vezes choro.
    o que há comigo, por favor amigo me ajude, obrigada. 
     
    Abraço fraternal 
    P.......
    Cara irmã P........,
    Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo V, item 25, os Espíritos falam da melancolia. É uma espécie de tristeza que abate o ser quando o Espírito aprisionado no corpo sente saudades atrozes da liberdade que tem quando desencarnado. Em algumas pessoas, essa melancolia é de tal forma grande que suplanta o instinto de conservação e a criatura se suicida.
    Segundo a teoria espírita, nossa mente, movimentada pela vontade, gera a corrente mental, assim como elétrons em movimento num fio de cobre são os portadores da corrente elétrica. Essa corrente mental é levada a todo o corpo através do perispírito (corpo espiritual)e faz com que vivamos e ajamos.
    Se permanecemos muito tempo com a mente negativa , criaremos em nós uma corrente mental que passará para todo corpo a mensagem negativa de angústias. Uma das consequências é o mal funcionamento do corpo e aparecimento de doenças. Quando essa vontade passa pelo perispírito (corpo espiritual), fá-lo vibrar, gerando o pensamento que se propaga no tempo e no espaço. Pensamentos provocam reações ao nosso redor. Para que algo em nossa vida dê certo, o primeiro passo é disciplinar a nossa vontade para tal, e aí, desenvolver uma série de acontecimentos que terminarão no resultado esperado: a realização de nossos desejos.
    A angústia íntima não tem origem só em existências passadas (sentimento de culpa) ou em processos obsessivos. Há também a depressão orgânica, gerada por problemas neurológicos, onde os neurônios não conseguem produzir substâncias como a serotonina, a dopamina, entre outros, que quando liberadas na corrente sanguínea regulam o humor e a motivação do indivíduo..
    Para que nossos conflitos se resolvam totalmente, faz-se necessário vigores a vontade de viver, brotando do fundo de seu coração. É um processo completamente pessoal, uma experiência de vida que você precisa passar, e que só o tempo e as experiências da vida proporcionarão. As orações serão sempre bem vindas, bem como a manutenção do culto do Evangelho no Lar semanalmente. É interessante a consulta a um bom psicólogo , pois a tarimba profissional de tais pessoas pode ajudar muito Todos os recursos que a Medicina humana possa dispor conjuntamente com a Terapia Espiritual são bem-vindos em vários casos pessoais

    Reenfatizo a necessidade de se fazer a Reunião do Evangelho no Lar para que todos da família, e auxiliares, possam receber os seus benefícios, que envolvem todo o ambiente doméstico. Segundo Emmanuel, não devemos esquecer a necessidade de trazer o Cristo para o cenário de amor onde nos refugiamos. É um trabalho simples. Escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus. Recomendável seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho e lemos, em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida. Os companheiros participantes devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades. Através da conversação edificante produzida, os benfeitores da espiritualidade superior "distribuirão a todos idéias e forças, em nome do Cristo, para que horizontes novos iluminem o espírito de cada um."
    Sei que vê orar muito , portanto procure nunca descurar-se do hábito da oração e manter-se em vigilância, no pensamento, no falar e no agir. Outrossim, seja evangelizando crianças ou jovens, seja assistindo às palestras da Casa Espírita, prestando a devida atenção, sempre encontraremos respostas para as nossas dúvidas, por meio dos ensinamentos dos oradores e a assistência inspiradora dos nossos mentores e protetores espirituais, com certeza.
    Ah! Toda casa espírita proporciona o benefício do passe, o qual constitui-se duma transfusão de energias, que nos revigoram e reanimam. Igualmente, a participação em atividades de assistência social , de ajuda ao próximo, proporciona a higiene mental necessária à nossa renovação.
    NUNCA desanime pois.
    Proponho uma reflexão bem profunda da lição abaixo, contida no livro Jesus no Lar,


    O poder das trevas.

    Centralizando-se a palestra no estudo das tentações, contou Jesus, sorridente:
    — Um valoroso servidor do Pai movimentava-se, galhardamente, em populosa cidade de pecadores, com tamanho devotamento à fé e à caridade, que os Espíritos do Mal se impacientaram em contemplando tanta abnegação e desprendimento. Depois de lhe armarem os mais perigosos laços, sem resultado, enviaram um representante
    ao Gênio da Trevas, a fim de ouvi-lo a respeito. Um companheiro de consciência enegrecida recebeu a incumbência e partiu. O Grande Adversário escutou o caso, atenciosamente, e recomendou ao Diabo Menor que apresentasse
    sugestões. O subordinado falou, com ênfase:
    — Não poderíamos despojá-lo de todos os bens?
    — Isto, não — disse o perverso orientador —; para
    um servo dessa têmpera a perda dos recursos materiais é libertação. Encontraria, assim, mil meios diferentes para aumentar suas contribuições à Humanidade.
    — Então, castigar-lhe-emos a família, dispersando a e constrangendo-lhe os filhos a enchê-lo de opróbrio e ingratidão... — aventou o pequeno perturbador, reticencioso. O perseguidor maior, no entanto, emitiu gargalhada
    franca e objetou:
    — Não vês que, desse modo, se integraria facilmente com a família total que é a multidão?
    O embaixador, desapontado, acentuou:
    — Será talvez conveniente lhe flagelemos o corpo; crivá-lo-emos de feridas e aflições.
    — Nada disto — acrescentou o gênio satânico —, ele acharia meios de afervorar-se na confiança e aproveitaria o ensejo para provocar a renovação íntima de muita gente, pelo exercício da paciência e da serenidade na dor.
    — Movimentaremos a calúnia, a suspeita e o ódio gratuito dos outros contra ele! — clamou o emissário.
    — Para quê? — tornou o Espírito das Sombras. — Transformar-se-ia num mártir, redentor de muitos. Valer-se-ia de toda perseguição para melhor engrandecer-se, diante do Céu.
    Exasperado, agora, o demônio menor aduziu:
    — Será, enfim, mais aconselhável que o assassinemos sem piedade...
    — Que dizes? — redargüiu a Inteligência perversa.
    — A morte ser-lhe-ia a mais doce bênção por reconduzilo às claridades do Paraíso. E vendo que o aprendiz vencido se calava, humilde, o Adversário Maior fez expressivo movimento de olhos e aconselhou, loquaz:
    — Não sejas tolo. Volta e dize a esse homem que ele é um zero na Criação, que não passa de mesquinho verme desconhecido... Impõe-lhe o conhecimento da própria pequenez, a fim de que jamais se engrandeça, e verás...
    O enviado regressou satisfeito e pôs em prática o método recebido. Rodeou o valente servidor com pensamentos de desvalia, acerca de sua pretendida insignificância e desfechou-lhe perguntas mentais como estas: “como te atreves a admitir algum valor em tuas obras destinadas ao pó? Não te sentes simples joguete de paixões inferiores da carne? Não te envergonhas da animalidade que trazes no ser? Que pode um grão de areia perdido no deserto? Não
    te reconheces na posição de obscuro fragmento de lama?” O valoroso colaborador interrompeu as atividades
    que lhe diziam respeito e, depois de escutar longamente as perigosas insinuações, olvidou que a oliveira frondosa
    começa no grelo frágil e deitou-se, desalentado, no leito do desânimo e da humilhação, para despertar somente na hora em que a morte lhe descortinava o infinito da vida.
    Silenciou Jesus, contemplando a noite calma... Simão Pedro pronunciou uma prece sentida e os apóstolos, em companhia dos demais, se despediram, nessa noite, cismarentos e espantadiços.

    Grande abraço
    Jorge Hessen