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  • 5 de ago. de 2009

    BARRIGA DE ALUGUEL



    Prezada irmã Sheila,

    Com relação a esse tema, o que de efetivo se sabe é ainda muito pouco. O escritor espírita, Salmino Zimmermann, em “Perispírito”, diz o seguinte: “O desenvolvimento do feto em uma “barriga de aluguel” tem sido objeto de discussões de natureza ética e jurídica, mas que, levando-se em conta que se trata, também, de uma situação de renúncia, pode representar trabalho de alto alcance espiritual, se bem desempenhado”. O inesquecível irmão, Francisco Cândido Xavier, esclarece: “Quando a mulher se dispõe a ser mãe, consciente e digna do elevado encargo de se responsabilizar por determinadas vidas, sem possibilidades próprias para isso, julgamos justo que uma companheira, se possível, tome a si o trabalho de gestar, em favor dela, o filho ou os filhos que essa mulher digna da maternidade consciente se propõe a receber nos próprios braços. O materialismo inteligente e cruel, sem qualquer idéia de Deus e da imortalidade da alma, - alerta Francisco C. Xavier, intermediando Emmanuel – é o perigo que ameaça a manipulação dos recursos genéticos sem responsabilidade, mas devemos confiar nos homens de bom senso e de espírito humanitário que, através das legislações dignas, podem e devem coibir quaisquer abusos suscetíveis de aparecer no campo das pesquisas de caráter delituoso e inconseqüente. Confiemos no amparo e na inspiração dos Mensageiros do Cristo, em auxílio das coletividades humanas.” (Nobre, Marlene Rossi Severino. Lições de Sabedoria. FE, São Paulo, 1996: pp. 99 a 100. Entrevista concedida a Fernando Worm)

    O fenômeno reencarnacionista tem infinitas particularidades e os serviços intercessórios dos Espíritos Construtores são de extrema responsabilidade. Certamente, nas complexas fertilizações “in vitro”, e posterior adaptação no ninho de aluguel, esses abnegados Espíritos Superiores laboram com muito mais responsabilidade, pois que a ligação fluídica do Espírito reencarnante com os pais doadores e com a mãe de aluguel receptora depende de técnicas por demais avançadas, fora do nosso alcance de entendimento. “Somos totalmente desprovidos de competência para ajuizarmos tais técnicas das autoridades espirituais, por falta de elementos para uma comparação analógica.” Contudo, e conforme nos esclarece André Luiz, em “Missionários da Luz”, “todo plano traçado na Esfera Superior tem por objetivos fundamentais o bem e a ascensão.”

    Infelizmente, minha irmã, o ser humano, multimilenarmente falando, é egoísta por natureza, disposto a extravagâncias e abusos, e, em todas as grandes descobertas da Ciência, enxerga um potencial comercial para explorar quem delas (descobertas) depende. Os meios incorretos, com vistas a superar dificuldades financeiras, não são justificáveis de forma alguma, mormente quando usados para fins nobres.

    Minha interferência no assunto, minha irmã, no sentido de escrever para os meus leitores, diz respeito à escolha da futura “mãe de aluguel”, pois, a movimentação dos Espíritos Construtores, relativa à assistência para evitar o fracasso do trabalho, uma vez conhecida a imprevidência daquelas que menosprezam a responsabilidade moral, nem sempre a colaboração é perfeita, dificultando-a, pois que elas abrem brechas aos impiedosos espíritos das trevas. Aquelas que dependem das “mães de aluguel”, que sejam criteriosas na escolha! Preferencialmente, a meu ver, entre pessoas da própria família ou entre amigas, altamente confiáveis.

    Só nos resta honrar a infinita bondade de Deus para com a humanidade, sobretudo, às irmãs que se entregam ao divino sacrifício da maternidade em favor daquelas que estão impossibilitadas de albergar, no próprio útero, os filhos que desejam ter.

    Fraternalmente,

    Jorge Hessen