Aristeu: Olá amigo Hessen...saudações fraternas...No artigo “A MENTE NÃO PERTENCE AO CÉREBRO E O CÉREBRO NÃO EXPLICA A MENTE (27.04.09) tenho a possibilidade e oportunidade de aprender, claro....mas alguns trechos ficaram sem a minha compreensão e peço alguns esclarecimentos: OBSERVAÇÕES: - Nos trechos do referido artigo aqui abaixo reprisados peço uma definição mais clara sobre o sublinhado no referido trecho.-
Aristeu: (*) que tipo de ausência... ?
Trecho 1: .... a experiência espiritual das pessoas pode ser explicada pela "ausência" de atividade em uma das regiões do cérebro, mas, especialmente no lóbulo parietal direito, onde se processa as preferências e gostos pessoais, e onde se "reconhecem as habilidades e os interesses amorosos da pessoa,----
Jorge Hessen: "Essa tese é proposta pelos pesquisadores da neurociência. Particularmente não creio na tese da "ausência de atividade" em qualquer ponto da estrutura cerebral para um mergulho na dimensão do espiritual. Aliás , o texto que escrevo é para discordar exatamente dessa suposta inatividade "neurocientífica""
Trecho 2: .... (4) O estudo sugere que as pessoas que têm essa região menos ativa, com menos "definidores próprios", são as mais suscetíveis a levar vidas espiritualizadas. ----
Aristeu: (**)peço uma explicação mais clara sobre “definidores próprios”...
Jorge Hessen: "Os pesquisadores (da ala mais conservadora, academicista, materialistas) fazem leituras dos efeitos cerebrais atribuindo-lhes quais fossem causas dos processamentos da vida mental. Para tais neurocientistas, a menor atividade dos "definidores" corresponde a mesma situação de ausência de atividade' ou seja ausência de processamento "de substâncias ou frequência de ondas físicas" para justificar comportamento de renúncia ou seja: desinteresse pelo "o meu", aguçando o pendor ao outro - o sentido inverso , eu quero, me dá, é meu etc, etc, etc. Obviamente discordo dessa tese.
Explico na reflexão que "alma é o centro de tudo no cérebro - emoções, pensamentos, etc.; o cérebro é seu instrumento, facilitando a coordenação do corpo e servindo de canal para as múltiplas manifestações da alma. A experiência de cada um de nós é medida pelo referencial de imagens mentais que criamos e armazenamos sobre o mundo onde vivemos. Cada objeto, cada palavra, cada sensação é carregada de um potencial simbólico que desencadeia em nós a capacidade de criar imagens vivas da realidade. A ciência, sobretudo a neurociência, apesar dos nítidos avanços, ainda não admite, integralmente, essa conclusão."
Trecho 3: A descoberta também sugere que uma das principais características da experiência espiritual é a abnegação, um comportamento antiegoísta, segundo Johnstone.---
Aristeu: (***)quando abnegamos não estamos pensando e ocupando essa região ?...
Jorge Hessen: "É exatamente essa sua conclusão que proponho no texto. Então você entendeu que as citações reforçam que não há inatividade no cérebro. A ciência, sobretudo a neurociência, apesar dos nítidos avanços, ainda não admite, integralmente, essa conclusão, insistindo que tudo está nas funções cerebrais: a linguagem, o pensamento, a coordenação motora, a emoção, e muito mais. Isso, porque insiste em tomar o efeito pela causa. Na questão 370 de "O Livro dos Espíritos", temos a solução para os problemas criados pelo reducionismo materialista: "Da influência dos órgãos se pode inferir a existência de uma relação entre o desenvolvimento do cérebro e o das faculdades morais e intelectuais? Indaga Kardec. Explicam-nos os Emissários do Cristo: "Não confundais o efeito com a causa. O Espírito dispõe sempre das faculdades que lhe são próprias. Ora, não são os órgãos que dão as faculdades, e sim estas que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos."
Jorge Hessen.
Grato...
Aristeu