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  • 24 de dez. de 2009

    PROBLEMAS DE CADA UM



    Auta: Prezado amigo!


    Graças a Deus ele está bem, tomando corretamente os medicamentos e tenho certeza de que os remédios espirituais (orações) são muito mais eficazes, claro, mas não pode mesmo deixar de tomar os medicamentos. Bom, também, seria se ele perdesse o medo de sair, porque eu poderia, junto com ele, fazer algum trabalho voluntário. Tem um centro aqui, o S......, que conheci quando ele foi internado. Pesquisei no Google, um aqui em A...., e encontrei este; mandei um e-mail, e o Sr. O... me atendeu; fui até lá e, graças a Deus, foi e é uma grande benção. Encontrei o Sr. também que tem me ajudado a ter mais fé e esperança; tem minha irmã, que sofrimento maior ela passou, e tem uma serenidade que eu espero chegar a ser como ela. Há alguns anos atrás, em um ano, ela perdeu um filho e o marido. Lá em M...., o filho era policial e se suicidou, e, oito meses depois, um ladrão assassinou o marido dela. Quantas pessoas também têm problemas maiores! Então é uma grande benção ter este conforto todo de pessoas especiais. O “S....” sempre pede voluntários e eu tenho muita vontade de ir, mas ele não vai e nem eu posso sair e deixá-lo. Quando ele ficou internado, os quatro meses depois da tentativa de suicídio, quando nós íamos visitá-lo e, falei que quando ele saísse nós iríamos fazer alguma coisa assim, ele concordou, mas, quando voltou, não quis mais, tem medo de sair de casa e só sai se for comigo, assim mesmo só no medico, dificilmente para alguma outra coisa. Para participar ou fazer algum trabalho voluntário se nega. Quando ele saiu da clinica, nós fomos fazer uma palestra de voluntário, a pessoa conversou com a gente e, depois, mandou preencher um formulário, onde perguntava profissão, onde trabalhava, entre outras coisas. Preenchi o meu e ele quando viu, quis vir embora; falou que aquele formulário era para prejudicá-lo e quem o vê assim nem diz; ele conversa bem e é inteligente; sabe formatar computador, entre outras coisas, mas o medo o impede de viver uma vida normal. Se ele quisesse fazer terapia era bom, mas se a gente falar, ele fica nervoso, diz que queremos prejudicá-lo. Dr. Jorge, não estou reclamando, só estou falando. Muito obrigada por tudo.Um abraço, fica com Deus. (Quando eu tiver outro tempinho, escrevo ao senhor.)
    Jorge Hessen: Prezada irmã

    Perdoe-me pela demora em lhe escrever, mas vai chegando o fim do ano e os afazeres vão aumentando.
    Como pude ler, você está cercada de pessoas que lhe dão o apoio devido. Isso é de fundamental importância para cada um de nós, ou seja, a solidariedade humana.


    A conquista da serenidade, no entanto, não está nos outros, mas é uma conquista íntima, individual e intransferível.
    É certo que não acontece de um dia para o outro, mas com exercício diário, frente aos mínimos obstáculos.
    Você tem dado testemunho de muito amor humano a quem mais necessita no momento. Portanto, não se perturbe com o fato de não estar engajada em trabalhos voluntários e atuando em Centro Espírita, pois tudo tem hora certa para acontecer.
    Deus já tem Seus olhos voltados para a sua sincera dedicação, creia.
    Muita Paz!
    Fraternalmente,

    Jorge Hessen