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  • 24 de jan. de 2010

    ESPIRITISMO E ECOLOGIA




    Irmão Hessen,


    Primeiramente, os agradecimentos pela sua cordialidade, ao dar retorno tão imediato a respeito do material que lhe enviamos.

    Suas sugestões foram muito bem vindas e aproveitadas. Sendo o primeiro trabalho desse tipo que fizemos, as sugestões de pessoas mais experientes são sempre positivas. Afinal, ‘trabalhar’ e ‘confiar’ no irmão com mais vivência, tanto no meio espírita, quanto nesse tipo de tarefa, também faz parte dos ensinamentos divinos, para melhorar os resultados de uma tarefa que tem por objetivo levar o bem às pessoas. Nosso muito obrigado por isso também.

    Temos lido os artigos que estão no seu site e tomamos a liberdade de incluir você nas fontes de consulta deste nosso trabalho. O meio espírita está necessitando, e muito, de pessoas com o seu entendimento, e não omisso, expondo-o, sobre os ensinamentos “cristãos do Cristo” (desculpe a redundância), comparados com alguns caminhos tomados, muitas vezes, por alguns do nosso meio.

    Mencionamos aqui alguns pontos que temos conversado juntamente com o Sr I, não sei se o conhece; foi ele que desenhou e gerenciou a construção da sede da .... nesta capital. Ele faz parte daquela casa, não da sua direção, e continua freqüentando-a, inclusive, tendo uma sala-escritório naquela sede.     

    Temos percebido que alguns espíritas, entre eles dirigentes e palestrantes, entendem que fatos como os do Haiti são resgates coletivos do processo de transição em que passa a Terra (“final dos tempos” individuais). Até aqui, até concordamos, mas entendemos, também, que nós, espíritas, não somos uma parcela privilegiada muito pequena da população, por sermos espíritas, nesse processo (ouvi isso nesta semana de um palestrante espírita). Concordaríamos também com essa segunda parte, se não estivéssemos sendo omissos e acomodados perante as nossas responsabilidades sociais e ambientais. Será que isso está acontecendo no nosso meio? O nosso papel seria somente o de entender o Mundo Espiritual, fazer orações, aplicar passes, fazer curas e desobsessões, etc, e que o resto são desígnios de Deus?

    A uns quatro meses atrás, fizemos estas mesmas perguntas a um palestrante espírita brasileiro de referência, sugerindo-lhe, inclusive, que tomasse a frente de um movimento que levasse para as atividades doutrinárias do meio espírita os debates de conservação da nossa Terra (enviamos um exemplar do mesmo caderno que lhe enviamos). Não obtivemos nenhum retorno até o momento, o mesmo acontecendo em relação a outros dirigentes de casas espíritas, também de referência regional. Aliás, esse é, também, um dos pontos do meio espírita que deixa a desejar: se somos essa parcela tão pequena da população, não deveria haver muito mais entrosamento, até para mostrar nossos enganos, sendo essa também, uma forma de divulgar o espiritismo recomendado por Kardec? É outra forma de omissão.

    Nos congressos, encontros e reuniões espíritas, nada ou quase nada, referente ao que está acontecendo ao Meio Ambiente, faz parte dos programas dos mesmos. Vai ser diferente no Congresso Espírita Brasileiro, aqui em Brasília? Pelo que soubemos, até o final do mês sairá o programa oficial do encontro (está sendo impresso na gráfica da FEB, no Rio de Janeiro). Você já conhece esse programa?

    Outro item é o elitismo e vaidade que existe em alguns no nosso meio, às vezes, valorizando o marketing em detrimento das ações essencialmente cristãs. Damos um exemplo: propusemos ao presidente de uma casa espírita que freqüentávamos doarmos àquela casa, exemplares da Obra da Codificação de Kardec, para serem distribuídos (dois por semana) às pessoas que assistissem as palestra semanais da casa, durante todo o ano de 2009. Isso é feito na C.............., e é uma forma de divulgar a doutrina, pois muitos nunca leram qualquer livro espírita, e, quem sabe, não seria o que estaria faltando para passar a ser mais um espírita. A nossa oferta foi recusada porque tirava o “brilhantismo” das comemorações de aniversário da casa, pois nesse dia seria sorteada uma coleção da referida Obra. Não seria mais cristão fazer com que essa Obra chegasse a 104 pessoas, quem sabe, o primeiro acesso para vários deles, do que apenas a uma pessoa, mesmo afetando o brilhantismo da comemoração?  

    Muito oportuno seu artigo sobre o que Chico Xavier estaria se sentindo com as homenagens a ele. Realmente deve estar muito triste com os gastos que estão sendo despendidos nessa homenagem, recursos esses que poderiam ser canalizados para atender aos necessitados de um cobertor, por exemplo.

    Se essa realidade não mudar, poderemos ter, em pouco tempo, um ‘Papa Espírita’, um ‘Vaticano Espírita’, pagamento de dízimos espíritas, salários e graduações dos dirigentes espíritas, etc, etc, tudo ao contrário do que pregou Jesus.

    Parabéns por todos os alertas que tem feito nesse sentido, pois é desses questionamentos que o Espiritismo verdadeiramente Cristão está precisando, e urgentemente.

    Um grande e afetuoso abraço.


     J........





    Caro J........,
    Obrigado pelo carinho. É-me uma grande honra (sem pieguismo) saber-me no rol das suas amizades. É um valoroso soldado do Mestre nessa causa que abraçou.
    Por inspiração do que li dos seus trabalhos foi publicado de forma especial e em destaque na Revista O Consolador (sou conselheiro da mesma) do qual anexo o link abaixo.


    Ah! é com muita alegria que recebo a notícia da citação de algo nosso como fonte. esteja absolutamente à vontade. Nessa briga estou ao seu lado para sempre.
    Um abração.
    Jorge Hessen