Caro Jorge,
Ainda que com algum atraso queria parabenizá-lo pela palestra feita semana passada no centro.....
Gostariaaria que voce me tirasse uma dúvida.
Ontem, antes do trabalho na sala (na palestra a companheira palestrante referiu-se à esmola) falávamos sobre dar ou não dar esmola. Uns referiam que não davam para não incentivar a mendicância, outros, que se desse pois o problema do que faria com a esmola era do mendigo. Na hora levantei um problema: "Se eu desse a esmola e o mendigo, bêbado, em vez do pão que pedira fosse ao boteco para mais uma, eu não estaria lhe dando mais Causa?".
Disse eu que deixava a cargo da intuição no momento se daria ou não esmola. Conheço "donos de ponto", senhoras que recebem ajuda do Estado e fazem um "extra" no semáforo, o bêbado contumaz etc., justamente para não aumentar o "endividamento" do pedinte. Na hora peço desculpas ao pedinte, que estou sem trocado (aliás nem "muito"), mas ouço o que diz e peço que Deus o abençoe.
Enfim, os aconselhamentos sobre dar ou não a esmola, o que mais entendo como irresponsável seria o "o problema é dele". Isso me soa a hipocrisia.
Será que estou errado? Nesse caso, não seria eu responsável também secontribuisse para que o(a) coitado(a) mais se endividasse?
No dia em que fiz uma palestra sobre "O Bem e o mal sofrer", além de esmola, inclui uma parte em que me referia ao aborto. Dizia que tão responsáveis eram o pai da criança, caso tivesse incentivado, os pais da moça, caso a tivessem ameaçado de "Botar no olho da rua" por causa dos comentários da vizinhança etc.. Lembrei Madalena que, no Evangelho segundo João, é tratada de "prostituta". Que não podia ser contra a prostituta, mas era contra a prostituição, enfim que seja qual for o caso, qual teria sido a razão de uma mulher (rapazes também) fazer da prostituição uma fonte de renda? Ou a da "parteira de cidade do interior" quando faz um aborto? Onde cairia a moça "posta para fora de casa" se não tivesse uma profissão ou ocupação?
Evidente que sou contra o aborto, mas não posso crucificar a moça que aborta. Sou contra a hipocrisia do "a mulher é dona de seu corpo".
Dia desses ouvi um pronunciamento do Sen. Cristóvão Buarque em que ele dizia que o problema do aborto, da droga, da prostituição etc. passa pela falta de educação, e naõ posso deixar de concordar com ele. Entendem os entendidos que educação é só escola, quando educação não é só isso. Escola é instrução, educação envolve cidadania e instrução, ou estou errado?
Será que também estou errado quanto ao pensamento sobre a esmola e tudo o que vem na fieira, como aborto, prostituição, droga etc.?
Parecem assuntos díspares, mas a mim parece que o senador tem razão e continuo achando que contribuir para a efetivação de qualquer dessas situações ainda me tornaria também responsável por ela. E isso também pode se aplicar a passeatas anti-aborto, proibição nova quando já existe uma em vigor etc.
Enfim, são perguntas que as provas da escola da vida nos fazem a todo instante.
Será que estou errado mesmo?
Abraço fraterno
R......
Caro R..........,
Não sou e nunca serei contra a doação de recursos que nos sobram aos nossos pedintes. Ainda que eu doe com má vontade, ainda assim terá valido a pena. Se o pedinte fizer mal uso da dádiva que responda por isso.
Antes de doarmos "esmola" para alguém necessitado é interessante guiarmo-nos pelos aconselhamentos do Mestre quando disse a Pedro: Pedro quando derdes esmola elevai o pensamento a Deus e perceba o que o pedinte está realmente necessitando.
Na prática Pedro aprendeu a lição e numa ocasião diante de um mendigo paralítico assim disse o velho pescador :Não tenho prata nem ouro;mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda! Nisso, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente os seus pés e artelhos se firmaram.( Atos 3:6,7).
A Caridade ainda que que muito mal executada deve ser materializada sempre. Não creio que isso seja estímulo à preguiça ou à mendicãncia, embora haja casos e casos.
Sobre o que me narra considero justo, eu mesmo conheço caso semelhante de profissionais da mendicância; então, como agir ante a lição do mestre? Oremos primeiramente e se não temos ouro nem prata doemos o que nos inspirar a ocasião: uma palavra de carinho , uma oração, uma solicitação sincera a Deus para que nosso irmão saia da situação humilhante.
Quanto ao aborto todos espiritas somos radicalmente contra, não vejo justificativas, excetos as legais com menos ênfase nos casos de estupro.
Todos os problemas humanos passam pela falta de educação, sem dúvida, sobretudo a falta de uma boa educação religiosa e a maior escola nesse sentido é o lar e os mais importantes instrutores e educadores são os pais.
S.M.J.
Obrigado pelo carinho de sempre.
Saudações,
Jorge Hessen
www.jorgehessen.net
www.jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com
www:leitoresdojorgehessen.blogspot.com/
www.espiridigi.net
Não sou e nunca serei contra a doação de recursos que nos sobram aos nossos pedintes. Ainda que eu doe com má vontade, ainda assim terá valido a pena. Se o pedinte fizer mal uso da dádiva que responda por isso.
Antes de doarmos "esmola" para alguém necessitado é interessante guiarmo-nos pelos aconselhamentos do Mestre quando disse a Pedro: Pedro quando derdes esmola elevai o pensamento a Deus e perceba o que o pedinte está realmente necessitando.
Na prática Pedro aprendeu a lição e numa ocasião diante de um mendigo paralítico assim disse o velho pescador :Não tenho prata nem ouro;mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda! Nisso, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente os seus pés e artelhos se firmaram.( Atos 3:6,7).
A Caridade ainda que que muito mal executada deve ser materializada sempre. Não creio que isso seja estímulo à preguiça ou à mendicãncia, embora haja casos e casos.
Sobre o que me narra considero justo, eu mesmo conheço caso semelhante de profissionais da mendicância; então, como agir ante a lição do mestre? Oremos primeiramente e se não temos ouro nem prata doemos o que nos inspirar a ocasião: uma palavra de carinho , uma oração, uma solicitação sincera a Deus para que nosso irmão saia da situação humilhante.
Quanto ao aborto todos espiritas somos radicalmente contra, não vejo justificativas, excetos as legais com menos ênfase nos casos de estupro.
Todos os problemas humanos passam pela falta de educação, sem dúvida, sobretudo a falta de uma boa educação religiosa e a maior escola nesse sentido é o lar e os mais importantes instrutores e educadores são os pais.
S.M.J.
Obrigado pelo carinho de sempre.
Saudações,
Jorge Hessen
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