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  • 20 de ago. de 2010

    CANDITADO POLÍTICO ESPÍRITA OU EXPLORAÇÃO DA "FÉ"

    Aconteceu em Brasília , quanto certo "espírita"  após  ler meus tres artigos sobre a militância política e espiritsmo  um  candidato a cargo legislativo , escreveu o seguinte:  
    "Poderia escrever uma página, desmontando um a um, e no momento oportuno o farei, os pseudoargumentos (sofismas) segundos os quais o Espírita não poderia ou não deveria participar do processo político, inclusive na condição de candidato.
    Desta feita, vou deixar destacado:
    "Por que os maus preponderam na face da Terra?"
    "Os maus são intrigantes, porém ousados. Os bons são tímidos. Porque os bons sempre foram maioria no dia que assim o quiserem, preponderarão".
    Vou lembrar apenas alguns que não se omitiram e nem se negaram a cumprir suas missões na área política: Gandhi - O Apóstolo da Não-Violência. Dr. Bezerra de Menezes Cavalcanti, o Médico dos pobres. O Pastor Marther Luther King. O Senador Freitas Nobre. Eurípides Barsanulfo, vereador e prefeito.
    BASTA SEGUIR O EXEMPLO DELES!
    Por outro lado, espíritos aferrados aos dogmas religiosos tradicionais, experimentando a sua primeira encarnação enquanto espírita, trazem consigo atavismos e memórias de controle, dominação e "oficiosa orientação" da opinião pública, inclusive a espírita. Tais ainda não chegaram no Iluminismo, na Liberdade de Consciência e na Lei de Liberdade apresentadas pelo Livro dos Espíritos.
    Tais espíritos, sistemáticos e dogmáticos ainda estão na Idade Média...
    Para você e a todos,
    Um fraternal abraço,

    Fulano de tal
    Um dos leitores dos nosso textos retrucou:
    Sra Fulana de Tal,
    Recebi essa mensagem retransmitida de meu amigo C...... e apesar de não conhecer pessoalmente nenhum dos envolvidos, sinto-me no dever de me posicionar e de solicitar que por gentileza, assuntos referentes a candidatura a cargos eletivos de candidatos declarados espíritas não sejam encaminhados a minha caixa.
    Nesse sentido, manifestando a minha opinião, espero que a imagem e o bom nome do espiritismo não seja afetado quando em qualquer lugar do Brasil, um dito "candidato dos espíritas" aparecer em situações lamentáveis, como a nossa famosa oração da propina do Pastor Brunelli, da casa da benção. No final, vi mutos amigos meus evangélicos lamentando...Afinal, não votaram na pessoa X e sim no PASTOR X. Somos espíritos, falíveis...Ou alguém se acha melhor do que aqueles que hoje nos representam nas assembléias legislativas?
    A vida política é saudável e desejável, pois o espírita é um "homem no mundo" , mas "vivendo no mundo sem ser do mundo". Não devemos ser omissos. Precisamos estar engajados nas lutas sociais, nas questões da coletividade etc. Aliás, essas questões estão há muito afastadas das casas espíritas, onde queremos TVP, auto-ajuda, shows artísticos, grandes palestras, novidades literárias, mas temos esquecido da boa e velha prática do bem...
    Apresentar-se com a credencial "espírita" para pedir votos, para mim é sectarismo. O espiritismo não tem demandas que exijam um representante seu em qualquer um dos poderes da república. Se acreditamos na vida, somos contra o aborto, votemos naqueles que defendem essa bandeira, independente de crença. Para isso existem partidos políticos, para congregar essas idéias! O que não creio ser importante é pegar o numeroso grupo de espíritas e dele se extrair um representante. A césar o que é de césar. Voto pelas minhas convicções e nas proposta dos candidatos. Se ele torce pelo mesmo time de futebol que eu, se ele é da mesma religião etc isso para mim pouco contribui para a causa coletiva. Não darei meu voto para alguém defender o espiritismo e suas idéias pois para isso existem outros fóruns. Já não basta o sem número de igrejas (e casas espíritas) que tem recebido subvenções do governo. O Estado é laico. Essa foi uma grande luta desse país e é a base da democracia. Não sigamos o caminho dos evangélicos de "irmão vota em irmão", pois os exemplos eleitos dos nossos irmãos demonstram que esse caminho não é bom. A igreja já foi a religião oficial do estado. A mesma igreja que matou nas cruzadas.
    A força do espiritsmo não se faz pelos seus representantes governamentais, pelas personalidades que comungam essa crença ou mesmo pela altura do domo das casas espíritas. A nossa força vem do exemplo e da nossa capacidade de reforma íntima, transformação moral e acima de tudo, de construção do homem de bem. Nunca fomos uma religião de quantidade. Não falo de ser apolítico, mas sim do espiritismo sem sectarismos.... Aí fica perguntando para o candidato a presidente se ele é contra o aborto ou não. Ora, a legalização do aborto não depende da opinião do presidente. Isso tudo é um jogo ideológico que nós devemos saber quando participar dele e quando se afastar.
    Respeito a decisão de qualquer um que decida se candidatar. Acho inclusive fundamental a participação política de todos! Mas, sinceramente, se no "santinho" de qualquer candidato estiver escrito que ele é espírita, doutrinador, orador, escritor etc, esse dado não será contabilizado, pois não é isso que espero do meu representante no Legislativo/executivo. A conversa alí é em outra esfera! E não considero ser espírita uma credencial de competência ou honestidade. Não considero nenhuma religião como credencial de nada. Seria erigir um clubinho de eleitos! O meu voto será dado pela história de cada um, pelas suas propostas e pelo seu alinhamento na esfera política. Se o votado for espírita, ou não, pouco importa nesse contexto...

    Fraternalmente,
    R......