Bom dia, venho fazer breve comentário sobre sua nota em relação ao censo IBGE e a teórica implantação do termo Kardecismo.Creio que se o proprio Kardec quis cunhar uma denominação que impedisse a vinculação destes ensinamentos a obra de um homem só, daí o termo espiritismo,é poruqe ele sabia a dimensão que certas denominações representam.
Não seria uma temeridade usar "Kardecismo" para algo tão grande e abrangente ?Será que Vamos definitivamente dogmatizar um ensinamento que transpõe os umbrais de doutrinas humanas e limitadas aos próprios conceitos humanos e filosóficos?Sendo assim muitos irão propor o Espiritismo racional, espiritismo filosófico, espiritismo a la Kardec , parece algo risível mas creia-me assim é que vai ficar;sabemos que a humanidade ainda precisa de muitos graus evolutivos para abrir mão de apegos tão centralizados no poder e nas referências pessoais.
Bom trabalho e desempenho,
G
Prezado G......,
Muito obrigado pela opinião enviada.
Muito sensata, sem dúvida!.
O seu raciocinio está correto. É uma temeridade personificar o Espiritismo em Kardec.
A nossa reflexão em torno do tema não é "personificar" o projeto doutrinário num em Kardec. Não faz nenhum sentido isso!
Sugerimos apenas o uso eventual do termo "sou karecista" nas ocasiões de colóquios com os não espíritas (os leigos).
Não endossamos a idéia de inserir a palavra kardecista nas nomenclaturas doutrinárias. Mas deve ser usada mais habitualmente no BRASIL sobretudo nas conversações quando o assunto nos impele a fazê-lo.
O problema do uso "coloquial" do termo é mais profundo do que se supõe. Kardec criou a palavra Espiritismo para esclarecer uma situação confusa entre os espiritualistas.
No ´CASO ESPECÍFICO , retorno a explicar - não estamos propondo mudar NADA - nossa sugestão é simples: se alguém (não "espírita", o leigo) NO BRASIL nos indagar qual a nossa convicção (religiosa) poderíamos dizer: SOU KARDECISTA. E por que não fazê-lo?
O termo espírita aqui por esse ares brasileiros não significa necessariamente adepto do Espiritismo. Pelo contrário!!! os espíritas são reconhecidos como "ocultistas", "umbandistas", "cartomantes", etc, etc, etc, etc, etc, e muitos etc's......
Os líderes de outros credos cristãos (sem conhecerem Kardec) misturam alhos com bugalhos e o povo assimila o equívoco e com isso ficamos todos no mesmo balaio. A coisa é tão grave que o IBGE não consultou a FEB para entender essa diferença.
Do exposto, não identifico nenhum problema quanto ao uso da palavra kardecista para os não "espíritas" .
Obviamente, se os espíritas conseguirmos introjetar na massa essa diferença , a Terceira Revelação ficará mais visível nas místicas bandas do Hemisfério Sul.
Mãos à obra! Vamos tantar inverter toda essa confusão no Brasil. Essa miscigenação é histórica e alguém precisa levantar a bandeira para ampliar a discussão. Óbvio que tal discussão deveria deveria ocorrer mais vezes através do Conselho Federativo Nacional.
O ex-presidente F. Thienses publicou a diferença entre Espiritismo e as outras crenças que se apropriaram (sem respeitar o direito autoral do termo Espírita). O CNF é o fórum adequado para se buscar fórmulas coerentes para que o Espiritismo e os Espíritas sejam reconhecidos como estudiosos da DOUTRINA ESPÍRITA.
Com o tempo , eu creio que tudo deverá chegar nos seus devidos lugares. Quem sabe daqui a 10 , 20 30 anos......sei lá.... a população saberá que espíritas somos os estudiosos da Codificação organizada por Allan Kardec.
Como se vê , o assunto não é tão simples quanto parece numa visão mais de superfície.
Obrigado pela atenção.
Saudações
Jorge Hessen