Bom dia, meu irmão!
Jorge, cheguei a ler, certa vez, um comentário feito em resposta a um outro meu (num fórum de discussão) vindo de um autentico "ortodoxo", que "O Evangelho Segundo o Espiritismo" seria uma obra "dispensável" dentro do pen.ateuco kardequiano por ter "linguagem empolada" e "alguma pretensão religiosa fora da proposta original espirita" Veja que, se na louca pretensão de "purificar" o Movimento Espirita eles indicam o corte de obra básica, imagine o que falam sobre as complementares que chegaram através de Chico, Divaldo, etc.
Faz lembrar Louis Pasteur que dizia que pouca ciência nos afasta de Deus e muita nos aproxima dele. No caso, pouco estudo e compreensão doutrinaria pode nos afastar de seu aspecto religioso, entretanto, quando compreendida, bem estudada, refletida, a Doutrina nos aproxima de Jesus, sem duvida! (ainda bem! É o "muito será dado àquele que já tem"...)
Abração!
Concordo integralmente com suas palavras. Os nossos confrades que apresentam uma síndrome psicopatológica de aversão ao Evangelho do Mestre Jesus têm medo da catolicização do Espiritismo no Brasil. São eles remanescentes da famigerada "guerra santa" ocorrida entre os "místicos e científicos" do século XIX. O trágico da história é que mesmo valorando a assertiva de Pasteur “pouca ciência nos afasta de Deus e muita nos aproxima dele” a rigo, a ciência sob a angulação espírita, não tem muita coisa de correlato com a ciência clássica, aquela das academias atuais. Digo mais - não é aceita pela academia porque o paradigma científico contemporâneo está estribado na resultante da mesuração da verdade que os fenômenos materiais podem demonstrar.
Kardec conseguiu a síntese entre a metafísica e a ciência positiva , todavia os pretensos "científicos de carteirinha" nas hostes espíritas , o são na maioria das vezes só por vaidade, até porque a metodologia científica legada por Kardec está muito mais consolidada e valorada no aspecto das análises filosóficas, psicológicas, sociológicas, antropológicas do ser etc, .do que com o limitadíssimo e decrépito viés da soberba das “ciências exatas" ou dos elitizados métodos de matematização dos resultados de pesquisa academicista para"provar" a realidade da vida.
A mais inexpugnável cientificidade kardeciana está sob o efeito da reforma moral de cada estudioso dos fenômenos extrafísicos, a fim de que o acessório (comprovação da sobrevivência) não esmague a essência das verdades eternas do Evangelho do Senhor Jesus.
Não sou e nunca poderia ser desfavorável às pesquisas, mas elas não podem proscrever dos seus métodos as já consagradas VERDADES do Evangelho, que para mim, são as chaves legítimas que abrem as portas da sabedoria humana e que estão acima de todas as ciências.