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  • 18 de nov. de 2010

    ABORTOS



    Meu caro Jorge, paz para todos nós. É o que rogo ao nosso Mestre e aos Seus Prepostos Benfeitores.
      
    Essa questão do aborto é ainda motivo de dúvidas pra mim.
    Sei que o reencarnante teve seu projeto, embora que talvez em alguns casos não nos mesmos moldes da concepção que estamos habituados a tratar como “normal”. A mulher que sofre um estupro realmente carregará esse estigma por sua vida, e precisará sem dúvida de amparo para conduzir o processo de trazer à luz e proporcionar o desenvolvimento dessa criança. Isso com certeza caracteriza uma prova para a sua existência.
    A minha dúvida, de claudicante, é como a espiritualidade concebeu e conduziu o processo da formação deste novo ser. Será que era uma possibilidade no curso do projeto de vida dessa mãe? E isso me lembra a ideia da fatalidade. Esta a razão de minha claudicação em relação ao tema do aborto. Pelo exposto, o Espiritismo não concebe em hipótese alguma essa interrupção, dentro da premissa de que todos reencarnamos com o propósito da evolução, mesmo tendo sido mal-formados ou fruto de uma concepção não prevista ou criminosa.

    Um abraço fraternal.

    Meu amigo.
    Creio que o processo da gestação , fruto de uma violência sexual,  será um momento de profunda comoção de consciência, para a vítima, visando o aplacamento dos estigmas morais que vociferam dentro de cada pessoa comprometida com as Leis do Criador. E essa  previsível "fatalidade" é compreensível, para nós espiritas, que (sobre)vivemos num mundo fisico que nada mais é do que reflexo adensado da defecção moral humana. No rol do nosso mundo material  constam todos os tipos situações provacionais e / ou expiatórias onde muitas vezes os acicates da dores físicas e morais nos impelirão para frente na rota de evolução. 
    Não há na literatura espírita qualquer argumento sobre a hipótese de uma interrupção de gravidez, excetuando-se, é óbvio  , se houver risco de morte para a gestante.
    Sobre os fetos mal-formados , incluindo  os anencéfalos , não há recomendação plausível para o abortamento "terapêutico" consoante afirmamos no texto.
    Nos cânones das penalogias transcendentes, quase sempre desconhecidas das leis humanas, vige estuante a Justiça de Deus e nos Seus Estatutos não há espaço para Injustiças.
    Muitíssimo obrigado pelos comentários.
    Grande abraço.
    Jorge