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  • 13 de nov. de 2010

    PERANTE OS PARENTES QUE DESENCARNAM


    Boa Tarde:
    Caro amigo  gostaria de falar com Sr. sobre mim sei que uma pessoa muito espititualista, como fazer, nomento estou meia confusa sem rumo,venho de muitas perdas de entes queridos, recentemente perdi meu   esposo a 53 dias.
    Aguardo um comunicado.
    Sendo só para momento.
    I..........

    Estimada
    Que a paz do Cristo esteja conosco.
    Compreendemos bem o que estás passando neste momento. Sempre que você ficar triste procure sublimar esse sentimento com a prática de uma prece, e nesta prece rogue para que Deus te esclareça, para que você possa, nesta fase, ser encorajada, alimentada de bom ânimo, esperança e paz!
    Quanto à pessoa querida que recém-desencarnou, confia em Deus, pois ele jamais desampara os seus filhos. Mantendo essa confiança e fé em Deus, compreenderás que tudo na vida e na natureza trabalha a favor do nosso progresso, assim entenderás que este período é um momento para que você possa utilizar de maneira produtiva, aproveitando-o para crescer e evoluir espiritualmente. És espiritualista, mas talvez não saiba que aquele que desencarna geralmente passa por um período de perturbação temporária, variando de pessoa a pessoa, dependendo de sua evolução moral, sobretudo o desprendimento das coisas materiais. Em qualquer caso, nunca faltará a assistência espiritual, proporcionada pelos bons espíritos, em nome de Deus.
    A morte não é o fim e sim a passagem para a verdadeira vida, vida em plenitude. E a separação não é absoluta. Apenas passamos de uma dimensão física, para a dimensão espiritual. Estamos ligados pelo pensamento, de modo que seus entes queridos falecidos captam as orações que lhe forem direcionadas e se sentirão bem com isto. Da mesma forma ficará aliviado sabendo que os familiares estão resignados e trabalhando para que a vida continue sem sobressaltos.
    Você poderá ter encontros com seu ente querido no plano espiritual, por ocasião do sono, quando os Espíritos permitem esses momentos para que haja uma renovação de ânimo de ambas as partes. O melhor que se pode fazer para quem desencarnou é fazer tudo o que ele gostaria de ter feito, especialmente no campo do bem, enviando-lhe apenas bons pensamentos, evitando qualquer lembrança menos digna.
    Neste caso é preciso aceitar a ausência física temporária deles, confiando na sabedoria e amor de Deus, que sabe o melhor para todos nós.
    Seguem algumas sugestões para que você possa ir aprendendo como administrar melhor o que está  sentindo agora. Lembre-se sempre da oração diária, nos momentos de dificuldades, mas também agradeça por tudo, também pela dor, pois esta muito nos instrui. Você, juntamente com os demais familiares, procurem orar pelos entes queridos desencarnados, com resignação e esperança no futuro espiritual.
    Recomendamos a ocupação com os deveres e a prática de ações no bem, de  auxílio ao próximo, em vez de ficar vivendo improdutivamente sua dor e saudade. Aconselhamos que você possa  freqüentar a casa espírita, assistir as reuniões públicas, essas reuniões são muito esclarecedoras e instruem bastante, o que lhe ajudará a encontrar respostas para seus questionamentos.
    Transcrevo  abaixo 3 textos para sua reflexão. Se você gostar de ler, sugerimos que leia o livro: "E A Vida Continua", do Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Sugerimos fazer a Reunião do Evangelho no Lar para que não somente você, mas todos da família, e auxiliares, possam receber os seus benefícios, que envolvem todo o ambiente doméstico. Segundo Emmanuel, Espírito, não devemos esquecer a necessidade de trazer o Cristo para o cenário de amor onde nos refugiamos. É um trabalho simples. Escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus. Recomendável seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho e lemos,em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida. Os companheiros participantes devem expor suas dúvidas, seus temores e dificuldades. Através da conversação edificante produzida, os benfeitores da espiritualidade superior "distribuirão a todos idéias e forças, em nome do Cristo, para que  horizontes novos iluminem o espírito de cada um."
    Outrossim, assistindo às palestras da Casa Espírita, prestando a devida atenção, sempre encontraremos respostas para as nossas dúvidas, por meio dos ensinamentos dos oradores e a assistência inspiradora dos nossos mentores e protetores espirituais, com certeza. A Casa Espírita proporciona o benefício do passe, o qual constitui-se duma transfusão de energias, que nos revigoram e reanimam. Igualmente, a participação em atividades de caridade, de ajuda ao próximo, proporciona a higiene mental necessária à nossa renovação.
    Ante os que partiram
             Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
             Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.
             Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima.
             Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram.
             Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
             Também eles pensam e lutam, sentem a choram.
             Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.
             Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.
             Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.
             Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.
             Tranqüiliza-te, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.
             Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.
                E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos Cânticos da manhã, no fulgor de um jardim. ( Fonte: Religião dos Espíritos – Emmanuel)


    Eles vivem
    Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
    Eles não morreram.
    Estão vivos.
    Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo. Inquietam-se com sua rendição aos desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.
    Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
    Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
    Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeitas a memória perguntando porque.
    Pensa neles com a saudade convertida em oração.
    As tua preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas na vida. Quando puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores de teus dias.
    Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.
    Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material...
    Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar.
    Emmanuel / Francisco Cândido Xavier




    Depois que partiram do círculo carnal aqueles a quem amas, tens a impressão de que a vida perdeu a sua finalidade.
    As horas ficaram vazias, enquanto uma angústia que te dilacera e uma surda desesperação que te mina as energias se fazem a constante dos teus momentos de demorada agonia.
    Estiveram ao teu lado como bênção de Deus, clareando o teu mundo de venturas com o lume da sua presença e não pensaste, não te permitiste acreditar na possibilidade de que eles te pudessem preceder na viagem de retorno.
    Cessados os primeiros instantes do impacto que a realidade te impôs, recapitulas as horas de júbilo enquanto o pranto verte incessante, sem confortaste, como se as lágrimas carregassem ácido que te requeima desde a fonte do sentimento à comporta dos olhos, não diminuindo a ardência da saudade...
    Ante essa situação, o futuro se te desdobra sombrio, ameaçador, e interrogas como será possível prosseguir sem eles.
    O teu coração pulsa destroçado e a tua dor moral se transforma em punhalada física, a revolver a lâmina que te macera em largo prazo.
    Temes não suportar tão cruel sofrimento.
    Conseguirás, porém, superá-lo.
    Muito justas, sim, tuas saudades e sofrimentos.
    Não, porém, a ponto de levar-te ao desequilíbrio, à morte da esperança, à revolta...
    Os seres a quem amas e que morreram, não se consumiram na voragem do aniquilamento. Eles sobreviveram.
    A vida seria um engodo, se se destruísse ante o sopro desagregador da morte que passa.
    A vida se manifesta, se desenvolve em infinitos matizes e incontáveis expressões. A forma se modifica e se estrutura, se agrega e se decompõe passando de uma para outra expressão vibratória sem que a energia que a vitaliza dependa das circunstâncias transitórias em que se exterioriza.
    Não estão, portanto, mortos, no sentido de destruídos, os que transitaram ao teu lado e se transferiram de domicílio.
    Prosseguem vivendo aqueles a quem amas. Aguarda um pouco, enquanto, orando, a prece te luarize a alma e os envolvas no rumo por onde seguem.
    Não te imponhas mentalmente com altas doses de mágoas, com interrogações pressionantes, arrojando na direção deles os petardos vigorosos da tua incontida aflição.
    Esforça-te por encontrar a resignação.
    O amor vence, quando verdadeiro, qualquer distância e é ponte entre abismos, encurtando caminhos.
    Da mesma forma que anelas por volver a senti-los, a falar-lhes, a ouvir-lhes, eles também o desejam.
    Necessitam, porém, evoluir, quanto tu próprio.
    Se te prendes a eles demoradamente ou os encarceras no egoísmo, desejando continuar uma etapa que ora se encerrou, não os fruirás, porque estarão na retaguarda.
    Libertando-os, eles prosseguirão contigo, preparar-te-ão o reencontro, aguardar-te-ão...
    Faze-te, a teu turno, digno deles, da sua confiança, e unge-te de amor com que enriqueças outras vidas em memória deles, por afeição a eles.
    Não penses mais em termos de "adeus" e, sim, em expressões de "até logo mais".
    Todos os homens na Terra são chamados a esse testemunho, o da temporária despedida. Considera, portanto, a imperiosa necessidade de pensar nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte faça parte do teu programa de assuntos mentais, com que te armarás, desde já, para o retorno, ou para enfrentar em paz a partida dos teus amores...
    Quanto àqueles que viste partir, de quem sofres saudades infinitas e impreenchíveis vazios no sentimento, entrega-os a Deus, confiando-os e confiando-te ao Pai, na certeza de que, se souberes abrir a alma à esperança e à fé, conseguirás senti-los, ouvi-los, deles haurindo a confortadora energia com que te fortalecerás até ao instante da união sem dor, sem sombra, sem separação pelos caminhos do tempo sem fim, no amanhã ditoso.
    Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco