Márcio Rogério Horii
Tomo como meu, o adjetivo de estúpido com o qual o irmão A.... qualificou nosso amigo Jorge. Penso que não nos faltam exemplos de estupidez quando se trata de comunicar a mensagem cristã ao mundo. Um "estúpido" Chico Xavier, preferiu o contato com os povo simples (veja você que estupidez), a sombra de um ABACATEIRO para levar consolo e conhecimento ao público necessitado. Isso quando não precisávamos nos espremer junto aos bancos de madeira no Grupo Espírita da Prece. Uma verdadeira tolice deixar os frequentadores pobres ou ricos, desfrutando do desconforto, quando a vendagem dos livros que ele psicografou ultrapassava os milhões de reais. Um "estúpido" Allan Kardec, assim se expressa no Livro " A Viagem Espírita em 1862":
“Acabamos de fazer uma visita a vários centros espíritas da França, lamentando que o tempo não nos tenha permitido ir a toda parte onde nos haviam convidado, nem prolongar nossa visita a cada localidade tanto quanto desejávamos, dada a acolhida simpática e fraterna recebida. Durante uma viagem de mais de seis semanas e um percurso de 693 léguas, estivemos em vinte cidades e assistimos a mais de cinqüenta reuniões. O resultado nos deu uma grande satisfação moral, sob o duplo aspecto das observações colhidas e da constatação dos imensos progressos do Espiritismo."
Pasme, novamente, o amigo, com o tamanho da estupidez de Kardec quando revela de onde retirou recursos para tão memorável viagem : "Os gastos de viagem, como todos os decorrentes das relações que estabelecemos em favor do Espiritismo, são cobertos por NOSSOS RECURSOS PESSOAIS E NOSSAS ECONOMIAS, acrescidos do produto de nossas obras, sem o que ser-nos-ia impossível enfrentar todos os encargos conseqüentes da obra que empreendemos. Digo isto sem vaidade, mas unicamente em homenagem à verdade e para edificação dos que imaginam que entesouramos dinheiro.”
Mas, amigo A....., me parece que o maior estúpido da história tenha sido um homem que nasceu em um berço de palha e morreu abraçado a uma cruz de madeira. O nome dele você deve conhecer. Por isso, me esquivo de mencioná-lo. Impressionante a estupidez desse homem quando escolhe as margens de um rio para proferir seus ensinamentos ou deixar impressa na memória do mundo o seu mais famoso discurso, adotando como tribuna(pasme, outra vez!)) uma simples MONTANHA(Matheus 5-7). Ora, porque não escolheu a grandeza do Templo de Jerusalém para tão estúpido desvario? Talvez porque sabia ele que da riqueza do templo "nao restaria pedra sobre pedra"(Matheus 24:2). E com os mámores e pedras preciosas destruídas pelo general Tito no ano 70, foram-se também as grandes personalidades e o que elas pregavam.
Sendo assim, amigo, agradecemos o adjetivo com o qual tão honradamente nos qualificou, cabendo-nos aceitar e refletir em nossa estupidez, cientes de que, a frente dessa enorme fila de estultos, encontram-se homens mais, mas muito mais estúpidos que nós mesmos...Lamentável estupidez a nossa em não sermos, ainda, tão estúpidos quanto eles....