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  • 27 de jun. de 2011

    TRANSPLANTE, ORTOTANASIA, PROVAS E EXPIAÇÕES


    Jorge Hessen

    Boa tarde, sempre acompanho seus artigos que me esclarecem muito,gostaria de uma informação sobre morte cerebral.
    Sei que o habitual pela medicina é esperar 48 horas depois de constatada a morte cerebral para fazer o desligamento dos aparelhos.
    O que diz a Doutrina Espírita sobre isso? Seria eutanásia,o principio vital ainda está presente no corpo,já que os órgãos continuam funcionando,e qual a situação do espírito?
      E no caso da doação de órgãos que precisam ser retirados com o coração ainda funcionando?
    Uma outra questão que surgiu no nosso grupo de estudos foi a seguinte:um orientador da FEB,que nos orienta vez ou outra disse que em um planeta de provas e expiaçãoes,vc não adquire mais débitos,ou a pessoa está expiando ou está provando erros passados,mas não adquirindo mais débitos,isso causou uma polêmica muito grande e não ficou esclarecida a questão satisfatoriamente,visto que essa pessoa nos visita eventualmente,e todos com quem conversamosnão tem opinião formada,só esclarecendo,nosso grupo é novo,e apesar de procurarmos informações e orientações com bases doutrinárias,não temos bagagem suficiente para temas mais complexos,
    Desde já  agradeço a atenção.
     FFF


    FFF
    Fico-lhe mui agradecido pelo acolhimento fraternal.
    Sobre suas perguntas , afirmamos que na deliberada  retirada do aparelho que se destina  a  vitalizar mecanicamente das funções cardiorrespiratórias , em face da morte cerebral constatada, ocorre uma ortotanásia. Esse procedimento não é contra os preceitos espíritas, portanto não é considerada uma eutanásia.

    Sobre  esses assuntos sugiro compulsar  os meus dois artigos conforme links abaixo:



    http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2010/02/transplante-de-orgaos-e-valiosa.html

    http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2010/01/eutanasia-e-suicidio-alguns.html

    Sobre o tema doação de órgãos sabe-se  que com a  morte cerebral  a vida torna-se apenas vegetativa. Morte cerebral significa a desvitalidade do cérebro, incluindo tronco encefálico que desempenha funções cruciais como o controle da respiração. Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável. Embora, ainda, haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo. A medicina, no mundo inteiro, tem como certeza que a morte encefálica, incluída a morte do tronco cerebral, só terá constatação através de dois exames neurológicos, com intervalo de seis horas, e um complementar. Assim, quando for constatada cessação irreversível da função neural, esse paciente estará morto, para a unanimidade da literatura médica.

    Sobre o assunto (prova e expiação)  sabemos que a Terra ainda não adentrou no estágio de regeneração (esse processo  de transição ocorre no transcorrer de centenas e centenas de anos). Porém,  asseguro que não tem fundamento doutrinário razoável a afirmativa de que em um planeta de Provas e Expiações  não adquirimos "débitos" ante os erros deliberados. Óbvio que ante à Lei de Causa e Efeito  os macanismos funcionam de forma lógica e harmônica: Para toda  causa há uma consequência, ora,  levando-se para o campo moral, para cada transgressões às leis da vida haverá necessidade de ressarcimentos, invariavelmente. Lembrando aqui que o ressarcimento pode advir pela prática do amor e o amor cobre a multidão de "pecados" (transgressões morais).
    Ou o confrade da FEB  foi extremamente infeliz na afirmação,  ou foi mal interpretado, ou seja ele  não deve ter dito exatamente o que me escreveu.
    Saudações
    Jorge Hessen.