Prezado Jorge, bom dia!
Muita Paz!
Queria fazer-lhe uma pergunta que confundo muito.
O duplo etério é a mesma coisa que principio vital? Estou estudando e me confunde esses dois térmos. Entendi que o duplo etério está estreitamente vinculado al campo fisiológico do encarnado e o principio vital volta a massa cuando o corpo se extingue. É isso assim?
Muito obrigada de antemão,
Caríssima ,
Muita paz!
Iniciemos por a analisar o princípio vital (ou fluido magnético, ou fluido elétrico animalizado), sendo o agente que dá atividade e movimento aos seres vivos e faz com que se distingam da matéria inerte. Intermediário entre Espírito e matéria. Quanto aos fluido vital , esse é o elemento(princípio orgânico) extraído do fluido universal, com a propriedade de animar todos os seres vivos, e que retorna ao depósito da natureza quando do processo de morte biológica.
Quanto ao duplo etéreo , sabemos que algumas regiões do Brasil preferem duplo etéreo a perispírito, embora mantendo-se o sentido deste. Há porém de se diferenciar o duplo etéreo - apontado pelos pesquisadores do magnetismo - , do perispírito propriamente dito. O duplo etéreo refere-se ao conjunto de interações de natureza magnética que é inerente a vida e que somente com esta pode se manifestar, desfazendo-se com a morte do corpo físico. Já o perispírito não é da mesma natureza magnética, - embora parcialmente vinculado a ela pelo princípio vital, quando da encarnação -, e, por servir de invólucro semimaterial do Espírito, persiste depois da separação do corpo. As definições de duplo etéreo são vastas e, muita vez, até opostas. O conceito de perispírito permanece consolidado nas definições kardequianas.
André Luiz, em seu Livro intitulado Evolução em dois Mundos, nos apresenta importantes informações acerca das funções do perispírito, iniciando por dizer que este "não é um reflexo do corpo físico, porque em realidade, o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, e o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação. Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com sua estrutura eletromagnética.
Como vimos não podemos confundir o perispirito com o fluido vital, embora resultem um e outro de transformações do Plasma ou Fluido Cósmico Universal, substrato material ou substância matriz, em sua forma mais primitiva. O fluido vital, de que se pode estar mais ou menos saturado, mais ou menos carente, absorvível e transferível de um indivíduo ao outro, responsável pela vitalidade dos órgãos, não é propriamente um elemento constitutivo do ser, mas o fruto do próprio dinamismo orgânico, que por sua vez alimenta. Diríamos então, e isto é elementar, todavia é sempre muito válido relembrar, que o homem é um grande composto formado de corpo (animado pelo princípio vital) alma (espírito no estado de encarnado) perispírito (agente de intermediação).
Quando os campos energéticos do perispírito e, naturalmente, boa parte do duplo-etérico se desentrelam do corpo material, diante de certas condições de específica sensibilidade, ainda mais com maior ou menor facilidade, permitem o desenvolvimento das conhecidas desdobramentos espirituais, perfeitamente enquadradas nos processos de mediunidade.
Continuando o raciocínio : plasmamos em nosso próprio ser, representado pela agregação de perispírito/Duplo-etérico/Corpo físico (Aura), o que realmente somos e com quem poderemos sintonizar, tanto emitindo, como também recebendo energias do mesmo padrão vibratório, ou seja, afins. Nesta simbiose, natural das coisas vamos começando a entender e avaliando os passes magnéticos, as simpatias e as antipatias inexplicáveis doações outras, de uma fonte para a outra, ligadas a imensos fatores.
Sendo o perispírito também matéria, poderá com o devido apoio ectoplásmico, tornar-se materialmente tangível, no todo ou em parte. Sendo também esse fenômeno, chama do de teleplastia, onde o perispírito do desencarnado ou até mesmo do encarnado, envolve-se por assim dizer com as condições energéticas do ambiente e de algum médium capaz de emprestar recursos energéticos através do duplo etérico, fomentando matéria necessária para revestir o perispírito na energia necessária para a materialização.
Detalhe: o duplo etérico forma-se com a encarnação do Espírito e não possui existência própria como o perispírito, desintegrando-se com a morte física.
O fenômeno da insensibilização poderá ser lembrado aqui, pois, a insensibilidade resultaria de um bloqueio induzido fisicamente, parcial ou não, localizado ou não, na passagem da energia do duplo etérico para o corpo, com a possibilidade inclusive, de um afrouxamento dos próprios liames perispirituais, que, no caso de anestesia geral, poderia até favorecer o seu desprendimento. Compreendemos, também, como uma vida na carne pode, eventualmente, ser prolongada, como nos mostram inúmeros relatos, bem conhecidos. Em caso de prolongamento da vida física, por razões evidentemente especiais, avaliadas pelos Espíritos Superiores, surge o revigoramento fisiológico, graças a uma suplementação de recursos no duplo etérico da pessoa contemplada com tal benefício. Existe uma relação muito estreita do duplo etérico e o corpo físico, uma deficiência energética de um, repercute no outro com nítida queda de vitalidade.
Um abração
Jorge Hessen