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  • 1 de mai. de 2012

    SEPARAÇÃO DO PERISPIRITO DO CORPO DURANTE A MORTE

     
    Prezado Jorge Hessen

    Como entender a resposta dos Espíritos na questão 161 de O Livro dos Espíritos, em relação a separação de corpo e da alma, que parece estar em contradição com a nota de Kardec à questão 162 (última frase) e que é uma observação mais coerente?

    Abraços

    jjj

    Caro jjj
    Na questão 161 de O Livro dos Espíritos trata-se de ocorrências gerais (morte violenta e acidental, idade ou das moléstias), em que a desencarnação e separação do perispírito (geralmente) se produzirá em passo acelerado, o termo “geralmente” abre o tema para diferentes circunstâncias características como na ocorrência de decapitação considerada na questão 162 (morte violentíssima) em que o condenado arquiteta  mentalmente imagens terríveis , pois sabe que sofrerá as agonias físicas decorrentes da lâmina da guilhotina . Nesse caso, “não raro” ou seja (geralmente), “a vítima cultivará a consciência durante alguns instantes, até que a vida orgânica se tenha extinguido completamente.
    Normalmente (NEM SEMPRE) se o condenado não perdeu essa consciência antes do suplício, pode conservá-la por alguns breves instantes (como disse acima). Ela (a consciência da morte), porém, cessa necessariamente com a vida orgânica do cérebro, o que não quer dizer que o perispírito esteja inteiramente separado do corpo pois o laço que conecta  o perispírito ao corpo é o fluido vital.
    Em todos os casos de morte violenta, quando a morte não resulta da extinção gradual das forças vitais (fluido vital-elo de ligação perispírito e corpo), mais persistente são as ligações que prendem o perispírito ao corpo e, portanto, mais lento o desprendimento completo.
    Como apreendemos não há contradição, já que para cada um caso. Ocorrência muito estudada pelos espíritos é do perispírito aguilhoado ao corpo morto quando ocorre o suicídio, mas não só nesse caso, há episódios de viciados inveterados (cigarros, álcool, drogas pesadas, sexo, dinheiro etc) , que mesmo após a morte física, o perispírito permanece preso ao corpo em descomposição ou, no mínimo  próximo do cadáver  nos cemitérios e ainda que se livrem dessa situação procuram corpos dos encarnados para nutrirem seus desejos, ou seja seu perispírito se liga fortemente com a consciência dos encarnados e nessa simbiose o encarnado se definha e acelera a desencarnação.
    Abraços
    Jorge Hessen